Em reunião, diretoria do São Paulo reforça necessidade de vender jogadores em 2020

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan

Clube, porém, espera outras receitas para não perder atletas importantes do elenco.

O São Paulo discute o planejamento de 2020 em reuniões da diretoria. Nesta terça-feira, os executivos das diferentes áreas do clube (marketing, financeiro, futebol, comunicação e administrativos, entre outros) se reuniram no CT da Barra Funda para debater os próximos anos, principalmente o caixa do clube.

Com um déficit de 76,5 milhões de janeiro a agosto, o São Paulo não conseguiu atingir a meta de venda de jogadores (faturou R$ 71 milhões dos R$ 121 milhões previstos). Por isso, o clube reforçou internamente a necessidade de ganhar dinheiro com a negociação de atletas.

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Há o consenso, porém, de que não será estipulado para o próximo ano um valor de vendas tão alto como o de 2019 . A expectativa é de que os ganhos esportivos amenizem essa necessidade.

Outro ponto debatido foi o balanço de 2019. Em dezembro, o São Paulo vai apresentar um relatório na reunião do Conselho Deliberativo com os resultados deste ano. Desde junho esse tema é discutido entre a diretoria.

A dívida atual do clube é de R$ 434 milhões, R$ 100 milhões a mais do que o valor registrado em dezembro de 2018.

Nas receitas, o São Paulo orçou uma previsão de R$ 355 milhões, mas só realizou R$ 237 milhões: uma diferença de R$ 117 milhões. No total de despesas, o clube orçou 314,9 milhões e gastou R$ 314,3 milhões, uma variação de R$ 600 mil.

Na última reunião do Conselho, havia a expectativa por uma explicação sobre as finanças, mas os diretores executivos e o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, deixaram o salão nobre do Morumbi mais cedo.

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

A confusão começou após um pedido de um conselheiro para não atrapalhar a contagem de votos sobre o contrato com a Feng, empresa que negocia para trabalhar no programa de sócios-torcedores.

Os conselheiros esperavam que os diretores voltassem à sala depois da votação, mas isso não ocorreu e causou incômodo.

A reunião da diretoria nesta terça foi realizada no CT da Barra Funda, e não no Morumbi, como de costume, porque os dirigentes quiseram dar apoio a Fernando Diniz e ao elenco, pressionados depois das duas derrotas no Morumbi. O presidente Leco também participou do encontro.

O objetivo do São Paulo é conquistar uma vaga na Libertadores, e Raí cobrou os jogadores na reapresentação desta terça-feira. O time é o quinto colocado do Brasileirão, com 52 pontos, quatro atrás do Grêmio, quarto lugar.