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Marcelo Hazan
Veja como foi a entrevista do técnico do Tricolor após a vitória sobre o Vasco.
O São Paulo bateu o Vasco por a 1 a 0 na noite desta quinta-feira, no Morumbi, e voltou a vencer no Brasileirão depois de quatro rodadas. Depois da partida, o técnico Fernando Diniz considerou o placar injusto pelas chances criadas pelo Tricolor. O gol da vitória foi marcado por Antony.
– O resultado não traduz o que foi a partida. Eles tiveram uma ou duas chances, que o Volpi foi bem. Tivemos um volume grande de finalizações. Eu gostei do desempenho do time no ataque, só não gostei do baixo aproveitamento das chances criadas. Poderíamos ter feito um placar melhor, contaria melhor a história do jogo – analisou o técnico do Tricolor.
Fernando Diniz, então, foi questionado sobre o desempenho ofensivo ruim do São Paulo na temporada.
– Essa pergunta é fácil de fazer, mas difícil de responder. Se a gente soubesse já teríamos resolvido o problema. Podem ser inúmeras coisas, uma casualidade, é difícil precisar. O time foi muito agressivo, do começo até o final do jogo. No primeiro tempo tivemos mais volume, não sofremos quase nada. É continuar trabalhando. Temos que parabenizar que criamos muitas chances, pelos dois lados, por dentro, bola parada. É continuar com essa produção e procurar concluir com mais precisão – acrescentou Diniz.
Com 57 pontos, o São Paulo se mantém na sexta colocação e segue forte na briga por uma vaga na Copa Libertadores da América de 2020. Com a vitória, o Tricolor abriu quatro pontos do Corinthians.
Fernando Diniz durante o duelo do São Paulo contra o Vasco — Foto: Marcos Riboli
Veja mais tópicos da entrevista de Diniz:
Sobre Luxemburgo
– É um dos grandes treinadores do nosso futebol. Tive a felicidade de trabalhar com ele nos anos 90, no Palmeiras e no Corinthians. Quando a gente já escuta a palavra a gente já assusta, foi só um gesto de carinho e de agradecimento por ter trabalhado com ele.
— Dá para tirar lições sempre. Existe uma mistura muito grande de trabalho e resultado. Hoje se fala pouco do Sampaoli. Se considerar tudo que está envolvido no futebol, qual trabalho é melhor? Taticamente, o Santos tem variações fantásticas de jogo. Mas como o resultado não vem… Trabalho tem diferença de resultado. O trabalho do Jesus é muito bom, como o do Sampaoli é bom, como o do Mano é bom em uma vertente diferente, como o do Vanderlei está sendo ótimo. Isso é trabalho, mas se falarmos de resultado o melhor é o Flamengo. Trabalho tem que ser valorizado. O Jesus é muito bom treinador. Futebol está globalizado, treinadores estrangeiros são muito bem-vindos.
Já planejam 2020?
– O mais importante neste momento é terminar o ano bem, focar nesses três jogos que faltam para terminar o campeonato da maneira que a gente deseja.
Sobre Pato e Hernanes
– Outra pergunta fácil de fazer, mas difícil de responder. São talentos indiscutíveis. Sobre o Hernanes, talvez pelo tempo que ficou na China, teve uma série de lesões, e quando eu cheguei estava se recuperando. Ele parou de sentir incômodos físicos, está conseguindo treinar, a gente espera que ele consiga readquirir a forma dele de 2017. Mas é um cara que ajuda em todos os sentidos, é um homem diferenciado, referência no elenco, o mais identificado com o clube. Ele tem ajudado muito, tem sido compreensivo, nossa sintonia tem sido boa.O Pato um talento raro, mas não conseguiu render nas partidas que jogou com a gente. Mas não significa que não vai render no futuro. É um jogador brilhante, uma pessoa que tem ajudado. A hora que o Pato render o que pode, talvez a gente vá ter o melhor atacante do futebol brasileiro.
Elogio de Volpi
– Recebo com muita alegria. Já falei e vou repetir. Meu trabalho é direcionado aos jogadores, para eles crescerem como atletas e indivíduos, para eles retribuírem ao torcedor. Eu gosto dos jogadores, de verdade. A análise do jogador, para mim, é a mais saudável que tem no futebol. Quem está fora não sabe absolutamente nada do meu trabalho e sobre quem eu sou. O que mais importa é a opinião dos jogadores. Se eles estão gostando é porque o caminho está sendo percorrido de maneira positiva.
Sobre a política do clube e Raí
– É uma pergunta surpresa até, não estou sabendo. Minha relação com o Raí é ótima, ídolo do clube, é uma pessoa que nos ajuda diariamente. Eu tenho uma relação extremamente positiva. Internamente a gente se blinda trabalhando constantemente, melhorando o jogador.