Diniz destaca evolução do São Paulo e lamenta chances perdidas contra Vasco

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UOL

José Eduardo Martins

O São Paulo não encantou, mas conseguiu um importante resultado. O Tricolor paulista derrotou o Vasco por 1 a 0, nesta quinta-feira à noite, no Morumbi, quebrou um jejum de quatro partidas sem ganhar no Brasileirão e ainda ficou mais perto da vaga direta para a Copa Libertadores. Além de destacar o triunfo, o técnico Fernando Diniz viu uma evolução no time. “O resultado não traduz a partida. Eles tiveram só uma ou duas chances, que o Volpi foi bem. Tivemos um volume grande de finalizações. Eu gostei do desempenho do time no ataque, só não gostei do baixo aproveitamento das chances criadas. Poderíamos ter feito um placar melhor, até um 3 a 0, que contaria melhor a história do jogo”, avaliou o técnico.

Diniz falou ainda sobre o excesso de gols perdidos e da oscilação de rendimento da equipe. No segundo tempo, o Tricolor caiu de produção e permitiu que o Vasco tivesse mais algumas chances também. “Perna não falta, porque perdemos chances também no começo do jogo. Difícil precisar o que falta. Não dá para afirmar o que falta. Importante é que o time criou bastante, e não oferecemos oportunidades para eles. As que eles tiveram, o nosso goleiro foi bem e impediu o gol”, completou o técnico.

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Confira o restante da entrevista de Diniz: Possível saída de Raí e influência da política interna no time É uma pergunta surpresa até, porque eu não estou sabendo de nada disso [Raí sair]. Minha relação com o Raí é ótima, é um ídolo do clube, é uma pessoa que nos ajuda diariamente. Eu tenho uma relação extremamente positiva. Internamente a gente se blinda trabalhando constantemente, melhorando o jogador.

Elogio dos jogadores Eu recebo com muita alegria. Meu trabalho é direcionado aos jogadores, para eles crescerem como atletas e indivíduos, para eles retribuírem ao torcedor. Eu gosto dos jogadores, de verdade. A análise do jogador, para mim, é a mais saudável que tem no futebol. Quem está fora não sabe absolutamente nada do meu trabalho e sobre quem eu sou. O que mais importa é a opinião dos jogadores. Se eles estão gostando é porque o caminho está sendo percorrido de maneira positiva.

Luxemburgo Luxemburgo é um dos grandes treinadores do nosso futebol. Tive a felicidade de trabalhar com ele, nos anos 90. Quando a gente já escuta a palavra [câncer] a gente já assusta, foi só um gesto de carinho e de agradecimento por ter trabalhado com ele.

Pato e Hernanes Essa é outra pergunta fácil de fazer, mas difícil de responder. São talentos indiscutíveis. Sobre o Hernanes, talvez pelo tempo que ficou na China, teve uma série de lesões, e quando eu cheguei estava se recuperando. Ele parou de sentir incômodos físicos, está conseguindo treinar, a gente espera que ele consiga readquirir a forma dele de 2017. Mas é um cara que ajuda em todos os sentidos, é um homem diferenciado, referência no elenco, o mais identificado com o clube. Ele tem ajudado muito, tem sido compreensivo, nossa sintonia tem sido boa. O Pato um talento raro, mas não conseguiu render nas partidas que jogou com a gente. Mas não significa que não vai render no futuro. É um jogador brilhante, uma pessoa que tem ajudado. A hora que o Pato render o que pode, talvez a gente vá ter o melhor atacante do futebol brasileiro.