GloboEsporte
Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan
Tricolor está classificado para a fase de grupos da Copa Libertadores.
O São Paulo está classificado para a fase de grupos da Copa Libertadores. Com o objetivo cumprido, o clube volta todos os olhares para 2020. O GloboEsporte.com explica abaixo o que é possível esperar do planejamento para a próxima temporada.
Fernando Diniz
O presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, já dizia que Fernando Diniz era o nome para 2020. Esse era o planejamento antes mesmo de o Tricolor garantir a vaga na fase de grupos. A classificação só reforçou a convicção, e o São Paulo decidiu manter o treinador.
Fernando Diniz comemora gol do São Paulo na tribuna do Morumbi: técnico é o nome para dirigir o time em 2020 — Foto: Marcos Ribolli
Raí e departamento de futebol
Há enorme pressão para a saída do diretor executivo de futebol. Embora a classificação para a Libertadores conte pontos a favor do ídolo, os grupos políticos da base aliada ao presidente Leco cobram uma reestruturação profunda no departamento de futebol, o que não foi feito neste ano.
Caso o ídolo saia do futebol, inclusive, o nome escolhido para o seu lugar é o de Carlos Belmonte Sobrinho, líder do projeto de basquete profissional e atual diretor geral do clube. Não está descartada a possibilidade de Raí permanecer no clube em outra função. Essa opção está aberta. Nos bastidores não há certeza sobre qual seria a vontade de Raí a respeito disso.
O conselheiro não remunerado teria a missão de fazer mudanças no CT da Barra Funda. Há a ideia de modernizar os equipamentos do Reffis. Existe também pressão política por reavaliações de setores como departamentos médico, fisiologia e fisioterapia, entre outros.
Em meio à possível mudança no departamento, a ideia inicial no São Paulo seria manter o gerente executivo de futebol Alexandre Pássaro, responsável pelas negociações, e o diretor-adjunto Fernando Bracalle Ambrogi, o Chapecó, em seus respectivos cargos.
Raí ao lado do diretor-adjunto Chapecó: tem futuro incerto no São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
Contratações
O São Paulo pensa em fazer contratações pontuais. Dificilmente o clube vai repetir as movimentações no mercado da bola deste ano, no qual contratou jogadores como Alexandre Pato, Daniel Alves, Hernanes, Juanfran e Pablo, entre outros.
Uma das prioridades é a contratação definitiva de Tiago Volpi, emprestado até o fim do ano e pelo qual há opção de compra fixada em 5 milhões de dólares (mais de R$ 20 milhões).
A contratação, no entanto, depende também da venda de jogadores (veja mais abaixo), pois o clube está com déficit. No orçamento de 2020 o clube já prevê a contratação definitiva de Igor Vinícius por R$ 2 milhões, a serem parcelados ao longo do próximo ano. Ele vai assinar um contrato de 3 anos.
Tiago Volpi é prioridade no São Paulo para 2020 — Foto: Marcos Ribolli
Saídas
O São Paulo projeta ganhar R$ 80 milhões com vendas ainda neste ano e o principal candidato a ser vendido é Antony. O atacante é o atleta mais valorizado do elenco no mercado e pode ter feito sua despedida do Morumbi na vitória por 2 a 1 sobre o Internacional.
Antony está na mira de clubes como Borussia Dortmund e RB Leipzig, da Alemanha. Sua venda serviria para fechar o orçamento no azul. Ele despistou ao ser perguntado sobre seu futuro.
Antony e Vitor Bueno comemoram gol do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
Eleição
Será o último ano da gestão do presidente Leco. Ele não poderá concorrer à eleição. Belmonte, favorito para substituir Raí caso o ídolo realmente saia do futebol, é o nome que agrada Leco para a sua sucessão, caso o diretor geral do clube queira concorrer. Mas o conselheiro favorito na situação é Julio Casares, embora o próprio não se confirme neste momento como candidato.
A oposição discute possíveis nomes para o pleito de dezembro de 2020. Antes, em novembro, haverá uma nova eleição para membros do Conselho Deliberativo. O órgão passará de 240 cadeiras para 260, sendo 100 eleitos e 160 vitalícios.
Presidente Leco terá último ano de mandato em 2020 — Foto: Marcos Ribolli