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Encerrada sua primeira temporada completa como jogador profissional do São Paulo, Antony só quer saber de curtir as férias. Sempre que questionado sobre seu futuro – ele está na mira de ao menos duas equipes alemãs, o Borussia Dortmund e o RB Leipzig -, o jovem se 19 anos diz que está tudo nas mãos do clube e de seus empresários. Mas 2020 já está na cabeça do jovem são-paulino. Ele tem como meta para a próxima temporada estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio e estará de olho na convocação para o Pré-Olímpico, que será anunciada na segunda-feira por André Jardine. Outro sonho é vivenciar noites de Libertadores no Morumbi lotado. Ele sonha com este momento como jogador, mas sabe que tem chance de acompanhar o torneio só como torcedor.
“Eu falo com a minha família, até minha irmã fala que o sonho dela é me ver jogando uma Libertadores. Minha tia também, que foi quem começou a me levar no estádio. É um sonho meu jogar a Libertadores, sim, a gente sabe que tem um gostinho a mais”, disse o garoto, antes de afirmar que tentará estar no Morumbi mesmo se já não for atleta do Tricolor. “Venho, sim. Meu futuro está indefinido, eu não sei se eu vou embora, não sei se eu fico. Isso é com meus empresários e com o clube, mas vou sempre ser torcedor do São Paulo”, comentou.
Veja abaixo como foi o bate-papo com Antony: LANCE!: Há um ano, você estava havia pouco tempo no elenco profissional e foi chamado para disputar a Copinha, que acabou sendo muito importante para a sua carreira. Passa um filme na cabeça agora que a temporada terminou? Antony: Cara, passa um filme, falo com minha família até hoje, com meus irmãos, com a minha mulher, com meu pai, com a minha mãe, que tudo aconteceu muito rápido na minha vida. Eu era um menino que estava jogando a Copa São Paulo e agora estou podendo jogar no profissional, podendo ser titular, ter essa honra, porque a gente sabe da grandeza que o São Paulo tem. Sabemos que é difícil manter a titularidade com a equipe que o São Paulo tem. Foi um ano de muito aprendizado e amadurecimento para mim.
E também tem o Lorenzo, que nasceu em novembro. Como está a vida de pai? No começo foi muito difícil. Assumo que foi bem difícil para mim, só minha família, meus empresários e meus amigos sabem o que passei. Mas quando nasceu foi um dos momentos mais felizes da minha vida. A partir do momento em que vi o rostinho dele, peguei no colo… Sempre tive esse sonho, mas não agora, tão jovem. Quando nasceu foi um dos momentos mais marcantes da minha vida.
O que significou aquele beijo que você deu no gramado do Morumbi contra o Inter? Foi porque pode ter sido uma despedida? Não, não. Eu beijei o gramado porque é um lugar muito sagrado para mim, um lugar em que sempre sonhei em jogar e hoje estou podendo fazer isso. É um momento muito marcante, eu falo que é sempre uma honra jogar ali, um sonho de criança realizado. Me sinto feliz e muito grato a cada jogo no Morumbi.
Como você avalia sua temporada? Tive alguns altos e baixos. Teve partidas em que não atuei bem, mas creio que tudo tem um por quê. Antes de a torcida me cobrar, eu me cobro muito. Podem ter certeza disso, eu já fui torcedor. Teve um momento em que eu não estava atuando bem, mas acho que fica lá para trás. O importante é que nessa reta final eu fui bem, consegui ajudar a equipe a ir para a Libertadores direto.
Quem são os responsáveis por esse seu crescimento na parte final do ano, além de você? Diniz e Daniel Alves têm parcela nisso? Primeiramente, como você disse, sou eu. Eu me cobro muito pelos meus números, sou atacante e tenho que fazer gol, dar passe, participar. O Diniz também, porque é um cara sensacional, sem comentários. É um cara que tem me ajudado muito, ajudado muito o grupo. O Daniel Alves também, é um cara muito experiente, tem uma bagagem espetacular no futebol e tem falado muito comigo. Sou um menino ainda, sou muito novo, e tenho escutado muito. Esses caras fazem parte disso, são muito importantes para mim, assim como o Pato, que está sempre conversando comigo. O Hernanes, os caras mais experientes, o Juanfran, que têm me ajudado muito também. Devo muito a eles e ao Diniz, que tem me ajudado e me cobrado muito. E eu concordo plenamente com essa cobrança, que é para o meu crescimento.
Disputar a Olímpiada é outro sonho que está na sua lista para 2020? Está, sim, no começo do ano agora tem pré-olímpico. A gente briga por isso, a gente sabe que é uma honra vestir a camisa da Seleção. Sempre que eu visto e represento nosso país é um prazer enorme. Vou brigar para ser campeão lá também, para estar nessa convocação, realizar um sonho de criança que é vestir a camisa da Seleção. Como fazer para curtir as férias sabendo que pode ser negociado? Você fica de olho nas conversas? Férias são para curtir, para se divertir, e é o que estou fazendo. Estou curtindo meu filho, minha família, porque é momento para isso. É desligar um pouquinho de futebol, esperar que meus empresários e o clube resolvam e que dê tudo certo no fim.