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O torcedor do São Paulo não termina esta temporada contente com o time. Apesar de a vaga direta na fase de grupos na Copa Libertadores ser uma conquista importante, foi apenas um consolo para as expectativas. No entanto, há um setor da equipe que parece ter entrado na rota certa em 2019: a defesa, que teve sua menor média de gols sofridos desde a temporada 2007.
Em 60 jogos oficiais neste ano, o Tricolor sofreu apenas 47 gols, o que dá uma média de 0,78 por partida. Esse índice só foi pior do que o do Grêmio (0,75) e do Palmeiras (0,65) se comparado aos clubes de Série A em 2019. Não é exagero dizer que os são-paulinos tiveram uma das melhores defesas do país nesses últimos 12 meses, tanto nos números quanto no desempenho em campo.
Bruno Alves e Arboleda, a dupla titular da zaga tricolor, e até o reserva imediato Anderson Martins (Walce também atuou), foram alguns dos responsáveis pela solidez do sistema defensivo, que passou pelas mãos de quatro treinadores diferentes e ainda assim manteve um bom nível. Vágner Mancini, que dirigiu interinamente enquanto Cuca não assumia, foi o técnico com a menor média de gols sofridos, já Fernando Diniz teve a maior. Veja abaixo:
André Jardine 8 jogos oficiais 7 gols sofridos 0,87 gol sofrido por jogo Vágner Mancini 9 jogos oficiais 6 gols sofridos 0,67 gol sofrido por jogo Cuca 26 jogos oficiais 19 gols sofridos 0,73 gol sofrido por jogo Fernando Diniz 17 jogos oficiais 15 gols sofridos 0,88 gol sofrido por jogo.
Isso sem contar a afirmação de Tiago Volpi no gol do time após as incertezas na posição nas últimas temporadas desde a aposentadoria de Rogério Ceni. O goleiro, por seu perfil de liderança e comprometimento, deu segurança para todo o setor que, com sobras, foi a melhor coisa do clube durante a temporada. Não é à toa que esses números acabaram batendo marcas e se aproximando de outras registradas em momentos históricos do clube na década passada.
Essa média de 0,78 gol sofrido por jogo é a menor do São Paulo desde a temporada 2007, em que o clube registrou o recorde de melhor defesa do Brasileirão na era dos pontos corridos, com 19 tentos cedidos em 38 rodadas (0,5 por partida), marca que permanece imbatível até hoje. No ano inteiro foram 73 jogos oficiais e 50 gols sofridos, índice de 0,68 por duelo.
Aquela equipe, comandada por Muricy, atuava com três zagueiros: André Dias, Breno e Miranda, que além de consistentes eram extremamente regulares e ainda tinham um tal de Rogério Ceni protegendo o gol. O time-base, que ainda contava com Souza, Hernanes, Richarlyson e Jorge Wagner – em uma linha de quatro jogadores no meio – e com Leandro, Dagoberto e Borges, formando o ataque, foi campeão brasileiro com certa tranquilidade. Era seguro e letal.
O São Paulo se reapresenta no dia 6 de janeiro, no CT da Barra Funda, após o período de férias. No dia seguinte, a delegação segue para o CT de Cotia, onde ficará por aproximadamente dez dias em preparação para a estreia no Paulistão, no dia 22 de janeiro, às 21h30, contra o Água Santa, no Morumbi.
Confira os números da defesa do São Paulo desde a temporada 2007: 2019 60 jogos oficiais 47 gols sofridos 0,78 gol sofrido por jogo 2018 64 jogos oficiais 52 gols sofridos 0,81 gol sofrido por jogo 2017 62 jogos oficiais 80 gols sofridos 1,29 gol sofrido por jogo 2016 70 jogos oficiais 71 gols sofridos 1,01 gol sofrido por jogo 2015 69 jogos oficiais 73 gols sofridos 1,06 gol sofrido por jogo 2014 68 jogos oficiais 71 gols sofridos 1,04 gol sofrido por jogo 2013 78 jogos oficiais 93 gols sofridos 1,19 gol sofrido por jogo 2012 78 jogos oficiais 72 gols sofridos 0,92 gol sofrido por jogo 2011 70 jogos oficiais 75 gols sofridos 1,07 gol sofrido por jogo 2008 71 jogos oficiais 68 gols sofridos 0,96 gol sofrido por jogo 2007 73 jogos oficiais 50 gols sofridos 0,68 gol sofrido por jogo Ouça o podcast Posse de Bola, a mesa redonda do UOL sobre futebol, com Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira. Mais podcasts do UOL no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas.