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Depois de um dos capítulos mais marcantes de sua história, Corinthians e São Paulo irão se reencontrar neste domingo, às 17 horas (de Brasília), no estádio de Itaquera para reviver o 6 a 1 quase três meses depois. Com atores diferentes dos dois lados e momentos bastante distintos, ambos tentam não envolver o histórico duelo do final do ano passado. A goleada, porém, dificilmente será esquecida pelos envolvidos.
“É legal, histórico, mas fica de lado”, afirmou o técnico Tite, preocupado com a possibilidade de os torcedores esperarem uma exibição tão boa quanto aquela de 22 de novembro. Na ocasião, três dias após assegurar o título do Campeonato Brasileiro, o Alvinegro escalou um time repleto de reservas e, frente a um Tricolor embalado por uma vitória por 4 a 2 sobre o Atlético-MG, fez a festa da Fiel.
“É passado, outra circunstância, outro momento. Assim como já aconteceram vitórias significativas para o São Paulo, dessa vez foi para nós. É outra etapa. Estamos em processo de busca e crescimento. O São Paulo da mesma forma, Libertadores em frente. Muitos outros ingredientes chamam mais a atenção do que o passado, principalmente a qualidade dos atletas que jogarão”, continuou o treinador corintiano.
Preocupado com o fato de atuar na Copa Libertadores da América na quarta-feira, fora de casa, contra o Cobresal-CHI, o comandante testará algumas novas opções no embate. Ele já poupou Fagner, Yago, Bruno Henrique, Elias, Rodriguinho e Lucca contra o Capivariano. Neste domingo, Uendel, Danilo e Romero ganharão descanso. “Estamos trilhando um caminho pelo qual vamos ter de pegar atalhos. É um time novo, e a comissão merece todo o respeito por confiar em nós”, afirmou o meia Guilherme, que ficará como opção na reserva.
Do outro lado, a situação é semelhante, apesar dos momentos distintos dos treinadores. Enquanto Tite vem de um título nacional e de diversas conquistas em sua outra passagem, entre 2010 e 2013, Edgardo Bauza tem apenas quatro jogos oficiais à frente do Tricolor. O argentino, contratado após o conturbado ano de 2015, não acredita que os jogadores tenham qualquer motivação diferente após o 6 a 1.
“Os jogadores estão tranquilos, porque se sentem seguros do que estamos fazendo. Sabem que é um clássico, eles o recordam, mas também temos analisado a partida de agora. Foi um resultado atípico daquela vez, de duas equipes fortes sendo que uma se desordenou e aí eles fizeram a diferença. Não é uma revanche, é uma nova partida e para nós é importante porque jogaremos com um bom rival e veremos como estamos”, analisou o treinador.
Ainda se ambientando ao novo clube, Bauza indicou durante toda a semana que não levaria ao clássico o seu time titular. A ideia era dar descanso aos atletas que conseguiram a classificação contra o Universidad César Vallejo-PER, pela pré-Libertadores, principalmente àqueles que não puderam nem sequer completar o jogo. Alguns exemplos são o meia Paulo Henrique Ganso e o lateral esquerdo Mena.
Na sexta-feira, porém, o comandante retrocedeu e decidiu que todos os jogadores do elenco seriam relacionados para o embate, com exceção do zagueiro Breno. Mesmo assim, o mais provável é que ele opte por uma equipe mesclando os atletas que não jogaram tanto com os frequentemente titulares. “Sabemos da importância desse jogo. Vamos trabalhar para conseguir mais essa vitória”, comentou o atacante Rogério, herói no meio da semana ao marcar o gol da vitória sobre os peruanos.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X SÃO PAULO
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 14 de fevereiro de 2016, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Rogério Pablos Zanardo e Alex Ang Ribeiro (ambos de SP)
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Yago e Guilherme Arana; Bruno Henrique, Maycon, Giovanni Augusto, Rodriguinho e Lucca; André
Técnico: Tite
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Thiago Mendes, Wesley, Wilder, Michel Bastos e Rogério; Kieza
Técnico: Edgardo Bauza