GloboEsporte
Alexandre Lozetti
Maiores finalistas do torneio, Timão e Tricolor não conseguiram chegar à decisão em 2020.
Assíduos finalistas da Copa São Paulo de Futebol Júnior, Corinthians (18 vezes) e São Paulo (11 decisões) ficaram pelo caminho em 2020. Numa tabela vertiginosa, de jogos dia sim, dia não, houve bons momentos, mas nunca a sensação de que se tratavam de equipes campeãs. Ainda assim, vale a pena um olhar carinhoso dos clubes aos garotos que poderão reforçar seus elencos principais.
Abaixo, uma breve lista de jogadores que se mostraram alguns estágios à frente dos demais, e do que poderia ter sido melhor, coletivamente, nessas duas equipes na Copinha.
Antes, duas observações:
- Comentei, no SporTV, cinco jogos do São Paulo e quatro do Corinthians, por isso sinto-me mais à vontade pra aprofundar do que em relação a outros times.
- Não há sentido algum em individualizar pontos negativos durante a formação dos jogadores.
Destaques do Corinthians
- Ruan Oliveira
O camisa 10 veio do Metropolitano-SC em 2019 e se revelou um meio-campista dinâmico e trabalhador, absolutamente dedicado às tarefas com e sem a bola, e com aparente bom preparo físico para percorrer o campo. Destaque para a qualidade nas cobranças de faltas e escanteios com o pé direito. De seus cruzamentos saíram muitos gols corintianos.
- Xavier
Capitão da equipe, havia disputado a Copinha de 2019 pela Ponte Preta. À frente dos zagueiros, teve boa marcação e participação na construção ofensiva. Fez dois gols, aproveitando-se bem da já citada qualidade de Ruan Oliveira nas bolas paradas. Deu lançamentos longos e passes curtos que terminaram em gols. Num momento em que o time principal exige tais características dos jogadores da posição, Xavier pode surgir como boa opção, embora ainda precise crescer no jogo apoiado, na transição com a bola nos pés.
O volante Xavier comemora o segundo gol dele na Copinha pelo Corinthians — Foto: Rodrigo Gazzanel/Divulgação/Ag. Corinthians
- Gabriel Pereira
É verdade que em alguns momentos o meio-campista parece se desligar do jogo, mas sua leitura de campo, para sair do lado direito e se juntar aos companheiros centralizados, e a facilidade para se virar em espaços curtos, além do chute forte de pé esquerdo, o tornam um jogador interessante para, pelo menos, ser observado com carinho.
Poderia ser melhor
Talvez por ter contratado muitos jogadores para a base em 2019, cada um com uma formação peculiar, em alguns jogos o Corinthians pareceu ter rotações diferentes, foi desarmônico coletivamente. A dosagem de ritmo era normal numa tabela tão exigente, mas a equipe precisa aprender a fazer isso sem abrir mão completamente da posse de bola. Até porque ter que correr atrás do adversário cansa mais e expõe a riscos, muitas vezes, desnecessários.
Campanha do Corinthians:
- Fase de grupos: 2×0 Retrô-PE
- 3×1 Fluminense-PI
- 1×1 Francana-SP
- Segunda fase: 3×1 Cuiabá
- Terceira fase: 3×1 Juventude
- Oitavas de final: 2×1 Mirassol
- Quartas de final: 1×0 Athletico-PR
- Semifinal: 1×3 Internacional
Destaques do São Paulo
- Galeano
O atacante paraguaio fez cinco gols e o elogio se inicia pela qualidade de sua finalização. Impetuoso, não se furta a entrar na área, num movimento rápido da direita para dentro. Poderia ter variado mais o repertório, com passes em vez de chutes, e precisa evoluir na fase defensiva, mas num time principal que não tem gols, saber fazê-los já é um passo importante.
Galeano, do São Paulo, comemora gol contra o Santa Cruz na Copinha — Foto: RICHARD CALLIS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
- Sena
Reserva no início da Copinha, virou titular depois da lesão de Anilson e se destacou. Líder em assistências, quase sempre com boa passagem para a linha de fundo e cruzamentos rasteiros para trás –felizmente abundantes na base e ainda raros no futebol profissional. Cometeu pecados na marcação, mas seu potencial ofensivo merece atenção.
- Gabriel Falcão
Sua entrada no meio-campo melhorou consideravelmente o desempenho do setor. Com ele, o time trocou o 4-3-3 pelo 4-2-3-1, e ganhou mais compactação e opções de passe. Falcão conseguiu entender bem suas funções, tanto ao fazer volume ofensivo, quanto na marcação.
Poderia ser melhor
Mais jovem do que o Corinthians, o São Paulo, consequentemente, pareceu um time em fases mais iniciais de formação. Coletivamente, os mecanismos para executar a proposta de jogo não estavam azeitados. A equipe ficou mais equilibrada com as entradas de Gabriel Falcão e Maia. Mas os pontos mais fracos foram a falta de competitividade nas partidas mais difíceis e a tomada de decisão, muitas vezes equivocada.
Campanha do São Paulo:
- Fase de grupos: 0x0 Operário-PR
- 9×1 Palmeira-RN
- 1×1 São Bernardo-SP
- Segunda fase: 5×0 Flamengo-SP
- Terceira fase: 2×0 Santa Cruz
- Oitavas de final: 3×1 Coritiba
- Quartas de final: 1×2 Oeste
O São Paulo padece de uma gestão desastrosa do incompetente Leco e seus parasitas.
São Paulo é uma piada, constantes fracassos e vexames…. até quando !?
Leco pede para cagar e some…. seu lixo que afundou o clube….