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A torcida do São Paulo alternou entre vaias e aplausos ao ouvir o nome do zagueiro Lucão durante o anúncio da escalação que enfrenta o The Strongest, da Bolívia, nessa quarta-feira, no Pacaembu. A torcida esboçou um comportamento hostil quando a foto do jogador apareceu no telão, mas logo os gritos de apoio se sobressaíram aos xingamentos. A perseguição ao jogador de 19 anos cresceu após as duas falhas que levaram o Corinthians a vencer o Tricolor por 2 a 0, no último domingo, na Arena de Itaquera.
O argentino Centurión, dono de atuações apagadas nesse início de temporada, recebeu aplausos tímidos dos tricolores. Foram muito festejados os reservas Rogério e Calleri. O primeiro, autor do gol na vitória por 1 a 0 contra os peruanos do César Vallejo, no segundo jogo jogo da pré-Libertadores, ganhou o carinho da torcida ao entrar durante as últimas partidas do São Paulo na temporada. Já Calleri anotou três gols desde que foi contratado e só perdeu a titularidade porque não tem condições físicas de emplacar uma grande sequência na equipe.
Antes do hino nacional ser executado no Pacaembu, a torcida do São Paulo gritou os nomes de cada um dos 11 titulares. Lucão, dessa vez, recebeu amplo apoio das arquibancadas e foi saudado duas vezes pelos são-paulinos. Não houve vaias ao zagueiro nesse momento.
A pressão em cima dos jogadores era uma das preocupações do Tricolor após a derrota para o Corinthians. Em entrevista ao canal SporTV, na segunda-feira, Lugano pediu para que a torcida não depositasse em cima de Lucão toda a responsabilidade pelo tropeço no Majestoso.
“Lucão é um menino novo, é titular do São Paulo, joga na Seleção Brasileira [olímpica], profissional, competitivo, com muito compromisso. Se eu puder fazer com que o torcedor me escute, gostaria que avaliasse o profissionalismo, o compromisso, caráter e a coragem do menino de sempre ir à frente e ir jogando, de assimilar um erro e nunca se esconder. Isso é valioso em um jogador, muito mais que um erro ou acerto”, disse o uruguaio, na ocasião.