GloboEsporte
Eduardo Rodrigues
Tricolor empata com Novorizontino em jogo marcado por falhas da arbitragem.
O empate do São Paulo com o Novorizontino, na última segunda-feira, não pode ser analisado apenas pelo placar. Para iniciar qualquer discussão sobre o desempenho do Tricolor na partida, o fator arbitragem deve ser isolado.
A partir do momento em que deixamos de lado os erros desastrosos do trio de arbitragem, podemos dizer que o São Paulo fez um de seus melhores jogos na temporada e mostrou bom repertório ofensivo, algo pouco visto em 2019.
O Tricolor abriu o placar com um minuto de jogo, com Alexandre Pato, mas a arbitragem teve sua primeira aparição desastrosa e anulou o gol legítimo por impedimento. O lance, porém, mostrou duas coisas: um São Paulo ligado desde o início da partida e um Pato querendo o gol.
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Pato coloca no fundo das redes, mas o assistente dá impedimento, aos 2′ do 1º tempo
Aos 12 minutos, Pato marcou mais um, que mais uma vez foi anulado erroneamente. O que vale ressaltar do gol, no entanto, foi a forma como ele foi criado.
Assim como no primeiro gol, o segundo foi construído pelo meio do campo, com toques rasteiros, de pé em pé. Em 2019, a bola alçada na área era uma das únicas saídas encontradas pelo time.
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Não valeu! Pato marca, comemora, mas arbitragem anula, aos 12′ do 1º tempo
Mesmo com dois gols anulados em menos de 15 minutos, o São Paulo não abaixou a guarda e teve pelo menos mais três chances claras de abrir o placar no primeiro tempo. E com alternâncias de jogadas: ora chegando à linha de fundo e tentando o passe para dentro da área, ora com cruzamento da lateral, ora com chutes de longa distância.
E muito desse repertório teve a ver com a movimentação dos atacantes. Alexandre Pato começou como centroavante, Pablo no lado direito e Vitor Bueno pelo lado esquerdo. Durante o jogo, porém, era possível ver Pablo como segundo atacante, ao lado de Pato, e Vitor Bueno às vezes caindo pelo lado direito.
A troca de posicionamento confundiu a defesa do Novorizontino, e as tabelas do São Paulo saíram com mais naturalidade. Faltava algo que faltou em praticamente toda a temporada passada: a pontaria.
– Gostei. O Novorizontino jogou compactado e com as linhas baixas. A produção ofensiva foi boa. Faltou ter mais felicidade nas conclusões – afirmou Fernando Diniz.
Hernanes, meia do São Paulo, no jogo contra o Novorizontino — Foto: ADRIANA SPACA/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Para o segundo tempo, o treinador apostou na mesma estratégia, mas a falta de efetividade também permaneceu, assim como os erros do árbitro. Aos sete minutos, Felipe Rodrigues colocou a mão na bola dentro da área, e não foi marcada a infração.
O Novorizontino, então, aproveitou esses diversos fatores para abrir o placar aos 25 minutos em um contra-ataque.
O São Paulo não desistiu de buscar o empate e sufocou o Novorizontino. Foram 27 finalizações (de cabeça, na trave, da entrada da área, de fora da área, de muito longe da área) para marcar um único gol, com Brenner.
A entrega e o bom desempenho do time foram reconhecidos pelo torcedores, que aplaudiram os jogadores ao fim do jogo. Eles, porém, não isolaram o fator arbitragem e não perdoaram o trio que ganhou os holofotes da segunda-feira.
Brenner comemora gol do São Paulo — Foto: ARTUR BRAGANÇA/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO