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Maicon goleiro, classificação por gripe suína e desinteresse na estreia de 1992 são alguns dos episódios do Tricolor, tricampeão da maior competição do continente.
O São Paulo estreia na Libertadores contra o Binacional, nesta quinta-feira, às 21h, no Peru, em busca do tetra. O Tricolor foi campeão em 1992, 1993 e 2005, e vice em 1974 (Independiente), 1994 (Vélez) e 2006 (Internacional). Será a 20ª participação na maior competição do continente. Durante esse tempo sobram histórias curiosas do Tricolor.
Abaixo listamos cinco episódios inusitados do Tricolor na Libertadores:
O “goleiro” Maicon
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Em jogo complicado na altitude de La Paz, São Paulo consegue classificação; veja como foi
O São Paulo precisava ao menos empatar com o The Strongest na altitude de 3.600 metros La Paz, na Bolívia, na última rodada da fase de grupos de 2016. O time cumpriu a missão em uma verdadeira batalha. O Tricolor saiu atrás e empatou com Calleri. No segundo tempo, o goleiro Denis foi expulso e Maicon assumiu a posição. Ele chegou a fazer uma defesa. Depois do apito final, Calleri foi expulso e houve confusão generalizada. Relembre no vídeo acima.
Maicon virou goleiro do São Paulo contra o The Strongest, em 2016 — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Desinteresse na estreia em 1992
O ano da primeira conquista do São Paulo começou de forma inusitada. Telê Santana não levava a competição a sério, por causa da violência dos adversários e dos casos recorrentes de doping.
Na estreia, o técnico escalou um time de reservas para poupar os titulares de olho num clássico com o Palmeiras, pelo Brasileirão, o que seria incomum atualmente. Cafu, Elivelton e Raí ficaram no banco de reservas, e o Criciúma venceu por 3 a 0, no estádio Heriberto Hülse.
São Paulo foi campeão da Libertadores de 1992: na estreia, Telê Santana poupou titulares de olho no Brasileiro — Foto: Arquivo Histórico do São Paulo Futebol Clube
A gripe suína
Em 2009, a Conmebol deu a classificação ao São Paulo para as quartas de final após o Chivas sair da competição por causa da gripe suína (H1N1) no México. O Nacional, do Uruguai, foi outro beneficiado, pois o San Luis também saiu da competição. Na época, o Tricolor se recusou a viajar ao México, em função do surto da gripe.
Apesar da classificação sem entrar em campo, o São Paulo acabou eliminado pelo Cruzeiro na sequência.
Veja abaixo o ofício da Conmebol com a confirmação da classificação de São Paulo e Nacional:
Conmebol confirma classificação de São Paulo e Nacional na Libertadores de 2009 — Foto: Reprodução / Conmebol
Ônibus atrasado e cavalo de pau no avião
Em 1992, o São Paulo também enfrentou altitude e teve problemas. San Jose (de Oruro, 3.700 metros) e Bolívar (em La Paz, 3.650 metros) estavam no grupo tricolor. Para ir a Oruro, o São Paulo também foi para Santa Cruz de La Sierra, como agora, e de lá fretou um avião do exército boliviano. Em entrevista ao GloboEsporte.com em 2012, o ídolo Zetti contou como foi chegar ao local.
– Era um avião velho, turbo hélice. A cadeira presa por um parafuso, não era muito seguro (risos). Teve gente que passou mal. Quando começamos a avistar a cidade, a montanha estava muito perto e o avião pousou num terreno de cascalho. Quando a rodinha tocou o chão, não se enxergava mais nada, subiu uma nuvem de poeira. Ele ficou meio de lado, deu quase um cavalo de pau. Isso tudo uma hora antes do jogo. Foi uma aventura.
Em La Paz, o Tricolor ficou preso no trânsito boliviano a dez minutos do início do jogo. Sem celular na época para poder avisar a Conmebol, a delegação improvisou o ônibus como vestiário.
– O Moraci e o Jairo, roupeiro, desceram no meio do trânsito para pegar os calções, chuteiras, meiões… E nos trocamos dentro do ônibus. Descemos prontos, atrasados, tomamos água, não deu tempo nem de fazer oração – lembra Zetti.
Na ocasião, o São Paulo venceu por 3 a 0.
Zetti relembra histórias curiosas do título do São Paulo na Libertadores de 1992 — Foto: Divulgação/saopaulofc.net
São Paulo de… laranja
O São Paulo foi ao Chile em 1978 para enfrentar o Palestino. Os dois times, porém, vestiam uniformes muito parecidos. Os brasileiros, porém, não tinham camisas reservas.
A solução foi contar com a ajuda de outro clube chileno, o Unión Española, que emprestou suas camisas laranjas para o São Paulo enfrentar o Palestino.
Deu sorte: o São Paulo venceu a partida por 1 a 0.