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Diego Salgado
A paralisação dos principais campeonatos estaduais do Brasil e de todas as competições sob o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode gerar algumas mudanças no calendário do futebol do país. Existe a possibilidade de a bola parar somente nas semanas próximas ao Natal, já em meados de dezembro.
O calendário divulgado pela CBF em outubro do ano passado prevê uma temporada com quase 11 meses de duração, de 22 de janeiro a 6 de dezembro. Depois da suspensão dos campeonatos devido à pandemia do novo coronavírus, restam pouco mais de oito meses para o término das atividades (ou 38 semanas).
Dessa forma, de 18 de março a 6 de dezembro, há 76 datas disponíveis, com duas partidas por semana. Elas são separadas da seguinte forma: Estaduais (seis), Brasileirão (38), Libertadores e Sul-Americana (11), Copa do Brasil (13), Eliminatórias da Copa 2022 (oito), amistosos data Fifa (dois), além de uma data vaga.
Note que a soma delas atingiu o número de 79. Há uma explicação. A final da Libertadores, marcada para o dia 21 de novembro, vai acontecer em meio a uma rodada do Brasileirão. Além disso, duas rodadas da fase de grupos da Libertadores ocorrerá de forma simultânea a duelos da Copa do Brasil. Assim, as 76 datas disponíveis estão completas.
Uma das possibilidades da CBF é usar as oito datas previstas para os jogos das Eliminatórias e, caso seja necessário, das duas destinadas aos amistosos da Fifa, em 4 e 9 de junho. Além, claro, da data vaga (25 de novembro). Há dois dias, em entrevista coletiva para tratar do avanço do coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o Brasil vai “passar por 60 a 90 dias de muito estresse”.
Confira agora alguns cenários do calendário brasileiro 1) Paralisação de um mês, com reinício em 15 de abril Nesse caso, oito datas teriam de ser repostas. Seria possível, nesse caso, usar todas as reservas destinadas às partidas da seleção brasileira nas Eliminatórias. Os Estaduais e o Brasileirão teriam todas as suas rodadas preservadas, assim como a Copa do Brasil e a Libertadores.
2) Paralisação de dois meses, com reinício em 13 de maio O cenário prevê o surgimento de 16 novas datas que foram perdidas. A saída seria utilizar as oito reservas destinadas às partidas da seleção brasileira nas Eliminatórias e as duas para os amistosos da Fifa, além da data vaga. Faltariam ainda cinco datas. Haveria a necessidade de estender a temporada até o dia 23 de dezembro. Rodadas de todas as competições mantidas. 3) Paralisação acima de três meses A CBF e as federações estaduais teriam de fazer mudanças profundas no calendário, com o encurtamento das competições.