GazetaEsportiva
O São Paulo mudou de cara em 2020. Com mais tempo de trabalho, Fernando Diniz vem conseguindo deixar sua marca no time, privilegiando a posse, soluções ofensivas inteligentes e uma busca frequente pelo gol adversário.
Ficando mais com a bola, o São Paulo também passou a atacar com mais jogadores. Enquanto os laterais dão suporte subindo pelas pontas, todo o meio-campo participa das jogadas ofensivas, e a dupla Daniel Alves e Igor Gomes acaba tendo tanto poder de finalização quanto os atacantes.
No time de Diniz, os meias não necessariamente buscam passar para os atacantes arriscarem. Os jogadores de frente se movimentam bastante, tanto abrindo pelas pontas e esticando o campo, como se aproximando dos meio-campistas e encurtando a distância entre as linhas. As movimentações geram espaços para os meias infiltrarem a área e finalizarem, ou arriscarem de fora.
Com isso, o artilheiro do São Paulo na temporada é Daniel Alves, com cinco gols marcados, sendo quatro de dentro da área. O camisa 10 aproveita os espaços deixados pelas defesas que saem apenas para marcar os atacantes. O caso fica claro em dois tentos do veterano, o primeiro contra o Oeste no Campeonato Paulista, e depois contra a LDU na Libertadores.
Oeste 0x4 São Paulo
São Paulo 3×0 LDU
Por outro lado, os atacantes ganham importante função de assistentes. Os dois maiores garçons do Tricolor na temporada são Pablo e Vitor Bueno, cada um com três passes para gol. Ao trabalharem mais abertos, os homens da frente percebem as movimentações e conseguem lançar quem está entrando na área pela faixa central. Quanto mais gente na área, mais opções de passe.O exemplo fica claro na assistência de Pablo para Pato no primeiro gol do São Paulo contra a Ponte Preta pelo Campeonato Paulista. No momento do passe, Vitor Bueno, Pato e a dupla Daniel Alves e Igor Gomes estavam dentro na área.