UOL/LancePress
Tchê Tchê é titular praticamente absoluto do São Paulo desde que foi contratado, no meio de 2019, mas transformou-se em um dos principais destaques da equipe ao trocar de função sob o comando de Fernando Diniz. Desde o fim do ano passado, o camisa 8 tem sido o jogador mais recuado do meio de campo e o maior responsável pela saída de bola, e não mais atuado como segundo volante, posição que agora pertence a Daniel Alves.
Em entrevista à TV oficial do Tricolor, o meio-campista de 27 anos, contratado do Dinamo de Kiev (UCR) por 5 milhões de euros, lembrou que já havia se dado bem após trocar de função a pedido de Fernando Diniz. O treinador o tirou da ponta direita, transformando-o em lateral-direito e depois em um meio-campista acostumado a percorrer todo o gramado. Foi assim que ele se destacou no Campeonato Paulista de 2016 e chamou a atenção de Cuca, que o levou ao Palmeiras e também ao São Paulo.
“Quando a gente trabalhou no Audax, eu jogava pelas beiradas, na ponta. Ele chegou e já me colocou de ala. Pensei: ‘O que está acontecendo? Vou ter que marcar mais agora?’. Mas ele me mostrou que ali eu poderia desenvolver um papel melhor do que um pouco mais adiantado. No fim do ano passado, ele começou a me utilizar mais como primeiro volante. Eu fui sincero quando iniciou 2020, tive uma conversa em casa pensando em futuro, para saber o que as pessoas mais próximas de mim imaginavam. Pela amizade que tenho com ele, por conhecer há bastante tempo, tive uma conversa com ele também e procurei entender se era ali que ele ia me utilizar em 2020. A partir do momento que ele falou que sim, procurei me adaptar o mais rápido possível”, disse o jogador.
Tchê Tchê é peça fundamental na saída de bola do São Paulo, sempre auxiliado por Daniel Alves. Entre os titulares de linha, é quem tem o maior índice de acerto de passes no Paulistão (96,9%). E isso sendo o segundo que mais tenta passes (717, atrás apenas dos 840 de Daniel Alves, cujo aproveitamento é de 93,7%). Agora, é hora de evoluir nos lançamentos.
“Eu acho que a maneira como nossa equipe aprendeu a jogar com o Diniz, com as apresentações que a gente vem tendo em 2020, facilita muito. Eu sou alguém que erra pouco passe, tenho trabalhado também para melhorar em bolas longas, em lançamentos, porque acho que isso ajuda também. Quando o pessoal vem nos pressionar, se eu e o Dani conseguirmos achar um passe mais longo, facilita para chegar no gol adversário”, afirmou.