Gazeta Esportiva – Edoardo Ghirotto
O técnico Edgardo Bauza bateu de frente com os torcedores e bancou a escalação de Centurión. O elenco são-paulino também fez sua parte e abraçou o argentino nos momentos de dificuldade. Mas nada parece ser suficiente para o jogador demonstrar um bom futebol com a camisa tricolor. Titular em seis jogos oficiais e em um amistoso nessa temporada, o atleta já não tem nenhum resquício de popularidade com a torcida. E, aos poucos, o plantel demonstra que a paciência com a má fase do atacante também poderá chegar ao fim.
No domingo, na vitória por 1 a 0 sobre o Rio Claro, Centurión enfrentou os primeiros protestos da torcida quando teve o nome anunciado pelo sistema de som do Pacaembu. O jogador, após mais uma atuação apagada, foi substituído por Wesley no segundo tempo sob as vaias do público. Por mais que o argentino conte com o apoio nos vestiários, cresce entre os atletas a percepção de que só atacante poderá diminuir a insatisfação das arquibancadas e melhorar a sua imagem no clube.
“Nós daremos força e incentivaremos. Só que em alguns momentos não podemos fazer nada dentro de campo. Aí é com ele. O Bauza tem dado a sequência de jogos. E isso é importante. Nossa torcida é para que ele desencante e possa fazer o que o técnico tanto espera dele. Dentro de campo é com ele. Esperamos que ele possa nos ajudar com o esforço feito para que atue em todos os jogos. E a cada partida fica nossa esperança”, disse Carlinhos, em entrevista coletiva nessa segunda-feira.
Centurión ainda não justificou os R$ 12,7 milhões investidos em sua contratação pelo atual diretor de marketing do clube, Vinicius Pinotti. Com salários próximos aos R$ 200 mil mensais, o jogador tem a permanência no time titular questionada devido às boas aparições do atacante Rogério em jogos importantes. Bauza, no entanto, frisou que continuará escalando quem achar que se aplica melhor às características táticas que tenta imprimir ao São Paulo.
Ao manter Rogério no banco, Bauza alega que o atleta tem uma deficiência na marcação que deve ser corrigida nos treinamentos. O treinador argentino se manteve firme na convicção e optou por escalar Carlinhos na ponta esquerda após Michel Bastos ter sido barrado no jogo de domingo. Na terça-feira, com os portões fechados para a imprensa, Bauza avaliará novamente a condição de Centurión em começar uma partida e definirá os onze atletas que enfrentarão o Novorizontino, nessa quarta, no Pacaembu.
Sei que Centurión está em má fase, mas será que é só eu que percebi que na maioria das vezes não encosta ninguém pra fazer uma jogada com o cara? Só vi o Bruno encostar nele, e acho que é porque não tem como Bruno sair da direita.
Acho que a solução pro Centurión seria ficar no banco e entrar com 30 min do segundo tempo na esquerda que é onde ele se sente mais a vontade, e os companheiros do time jogar mais junto dele pra dar uma certa segurança até acabar essa falta de segurança dele.