Há 21 anos, Choque-Rei com oito gols marcava primeiro duelo entre Marcos e Ceni

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GazetaEsportiva

Não foram poucas as batalhas travadas por Marcos e Rogério Ceni nos vários anos em que os dois arqueiros defenderam Palmeiras e São Paulo, respectivamente. O início desta rivalidade teve início há exatos 21 anos, quando  ambos estiveram presentes em um Choque-Rei cheio de gols e emoções.

A partida era válida pela oitava rodada do Campeonato Paulista de 1999 e colocava frente a frente duas equipes ainda invictas na competição. Enquanto Rogério Ceni já iria para a sua terceira temporada seguida como titular do Tricolor, Marcos iniciava a sua trajetória na meta do Verdão, ao substituir Velloso, que havia sofrido uma lesão no pé.

Para mais de 30 mil pessoas no Morumbi, Paulo César Carpegiani escalou o São Paulo com Rogério Ceni, Nem, Borbon, Edmílson, Jorginho, Carabalí, Carlos Miguel, Marcelinho, Serginho, França e Dodô. Do outro lado, o Palmeiras vivia a véspera do duelo pelas oitavas de final da Libertadores contra o Vasco. Por isso, Felipão mandou a campo um time misto com Marcos, Arce, Roque Júnior, Cléber, Rubens Júnior, Rogério, Galeano, Pedrinho, Alex, Edmilson e Evair.

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Warley (direita) e Galeano (esquerda) disputam espaço no Choque-Rei recheado de gols em 1999 (Foto: Acervo/Gazeta Press)

Mandante, o São Paulo aproveitou para abrir o placar logo cedo. Aos dois minutos, Dodô ganhou de Roque Junior dentro da área e finalizou na saída de Marcos. O empate do Palmeiras veio aos 15, na força da bola parada. Arce cobrou escanteio com categoria, na cabeça de Evair, que subiu mais alto para igualar o jogo.

Aos 22, falta para o Tricolor na entrada da área. Rogério Ceni cruzou o gramado e estava na bola, mas quem bateu foi Serginho, que mandou no ângulo de Marcos e recolocou os donos da casa em vantagem.

O Verdão voltou a empatar, aos 40, em novo cruzamento de Arce, dessa vez para Galeano marcar. E ainda antes do intervalo, aos 49, Dodô completou de voleio o passe de Serginho para fazer 3 a 2 para o São Paulo.

Na segunda etapa, o jogo esquentou. Aos 26 minutos, Galeano mais uma vez completou de cabeça o cruzamento de Arce para empatar o placar. E logo na saída após o gol, Agnaldo cometeu falta dura em França, que levantou rápido e revidou no adversário. Os dois acabaram expulsos. Uma confusão se armou e Nem, do São Paulo, também levou o vermelho, deixando o gramado mais cedo.

Em vantagem numérica, o Palmeiras se aproveitou mais uma vez da categoria de Arce nas bolas paradas para balançar as redes. Aos 34, o paraguaio ergueu a cobrança de falta na área, e Evair subiu para virar a partida. Não demorou e, no minuto seguinte, Carlos Miguel aproveitou vacilo da zaga palmeirense e foi derrubado dentro da área. A arbitragem assinalou pênalti para o São Paulo.Rogério Ceni novamente cruzou o gramado, mas dessa vez estava decidido: era ele quem iria para a bola. Frente a frente com Marcos pela primeira vez, o arqueiro tricolor bateu firme de um lado, enquanto o palmeirense caiu para o outro. Era o primeiro gol de pênalti do goleiro, e o primeiro em cima do Palmeiras.

Já recheada de emoção, a partida ainda contou com dois verdadeiros milagres de Marcos nos minutos finais. Com o jogo já nos acréscimos, o ídolo palmeirense voou para defender uma bomba de fora da área, de Marcelinho, e logo na sequência abusou do reflexo para espalmar o rebote são-paulino e garantir o empate em 4 a 4.

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