Lugano diz que Democracia Corinthiana foi romantizada; Casão rebate

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UOL

Ex-jogador e atual dirigente do São Paulo, Diego Lugano concedeu uma entrevista para o site argentino Infobae na qual disse que a história da Democracia Corinthiana é romantizada, embora seja um fã de Sócrates. Ex-atacante do Corinthians, o atual comentarista Walter Casagrande Jr. rebateu em em declaração publicada pelo site Globoesporte. A polêmica teve início em uma longa resposta de Lugano sobre o que achava do famoso movimento no time corintiano que ficou famoso na década 1980. Ele elogiou, mas fez ressalvas de que existem opiniões diversas. Ele citou particularmente o ex-goleiro Emerson Leão, que atuou naquele elenco.

“Sócrates é um fenômeno, como jogador é um animal. Foi um momento muito particular na sociedade brasileira. A história também tem suas particularidades. A moeda sempre tem seus dois lados. Ele tinha uma maneira de se expressar, um carisma e uma notável preocupação social”, disse.

“Mas veja: eu também ouvi o Emerson Leão, um jogador de personalidade forte, que era muito legal a Democracia Corinthiana, mas que eles não o deixavam treinar. É verdade que a democracia é muito boa para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar, e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas, bem, temos que dar a dimensão necessária”, completou Lugano. Em resposta, Casagrande disse que é estranho ouvir Lugano, que é uruguaio e passou a jogar no São Paulo a partir de 2003, opinando sobre o movimento corintiano.

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“É muito estranho ouvir uma pessoa falar sobre a Democracia Corinthiana sem ter propriedade alguma e sem conhecimento algum sobre o movimento. Esse é um dos problemas das pessoas oportunistas, antes de falar de alguém ou de alguma coisa, deveriam se informar melhor”, disse, segundo o site do Globoesporte. Casão ainda disse que realmente Leão “não acha que o movimento era democrático” e sempre aceitou a sua opinião. Mas que é diferente haver discordância tendo vivenciado do movimento.

“Agora eu só quero esclarecer que as pessoas devem ouvir só quem tem conhecimento sobre os assuntos, e não uma pessoa completamente despreparada e sem propriedade alguma para falar sobre a Democracia Corinthiana”, completou Casão.

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