Para ficar na memória: os 10 maiores jogos da história do São Paulo

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GloboEsporte

Veja o ranking com as grandes partidas do Tricolor e escolha a sua preferida.

O São Paulo tem vários momentos marcantes em seus 90 anos de existência. As conquistas das Libertadores, os títulos mundiais ou os campeonatos locais: qual é o maior jogo de todos?

GloboEsporte.com fez de tudo para responder a pergunta. Com a opinião de vários jornalistas, montamos um Top-10 com as grandes partidas do São Paulo.

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VEJA O RANKING, LEIA SOBRE OS JOGOS E ESCOLHA O SEU PREFERIDO!

Qual o maior jogo da história do São Paulo?

Qual o maior jogo da história do São Paulo?

10° – SÃO PAULO 3 x 0 CORINTHIANS (1991)

Final do Campeonato Paulista – Jogo de ida

  • Data: 8 de dezembro de 1991
  • Estádio: Morumbi
  • Gols: Raí três vezes (sendo um de pênalti)

Raí foi o grande nome do título do São Paulo. Com três gols, ele definiu a final logo no primeiro jogo, no Morumbi, o que tornou a partida de volta (empate sem gols) uma mera formalidade. No primeiro gol, o camisa 10 chutou de fora da área no ângulo. No segundo, converteu pênalti sofrido por Macedo. E o último saiu de cabeça, após cobrança de escanteio de Elivélton. 

Em 1991, São Paulo vence o Corinthians por 3 a 0 pelo Campeonato Paulista

Em 1991, São Paulo vence o Corinthians por 3 a 0 pelo Campeonato Paulista

9º – SÃO PAULO 3 x 1 CORINTHIANS (1998)

Final do Campeonato Paulista – Jogo de volta

  • Data: 10 de maio de 1998
  • Estádio: Morumbi
  • Gols: Raí e França (duas vezes); Didi (Corinthians).

Depois de fazer três gols no Corinthians na final do Paulista de 1991, Raí voltou da Europa para bater o rival mais uma vez. O São Paulo havia perdido por 2 a 1 o primeiro jogo da final do Paulistão. Antes da decisão, Raí retornou do Paris Saint-Germain e teve grande atuação na vitória por 3 a 1 que deu o título estadual ao Tricolor. O regulamento daquele ano permitia que um jogador fosse inscrito às vésperas da decisão, e por isso Raí pôde ser o elemento surpresa. Na festa do título, ele colocou uma faixa com o nome do São Paulo em Sócrates, seu irmão e ídolo do rival Corinthians. 

Raí e Sócrates na festa do título paulista de 1998 — Foto: Divulgação/São Paulo FC — Foto: Divulgação/São Paulo FC

Raí e Sócrates na festa do título paulista de 1998 — Foto: Divulgação/São Paulo FC — Foto: Divulgação/São Paulo FC

Em 1998, São Paulo vence Corinthians e conquista o Paulistão

Em 1998, São Paulo vence Corinthians e conquista o Paulistão

8º – ATLÉTICO-MG 0 (2) x (3) 0 SÃO PAULO (1977)

Final Campeonato Brasileiro – Jogo único

  • Data: 5 de março de 1978 (o campeonato brasileiro de 1977 foi decidido no ano seguinte)
  • Estádio: Mineirão (Belo Horizonte)
  • Gols: –

Favorito e com mais de 100 mil pessoas no Mineirão, o Atlético-MG decidiu o título em casa por ter a melhor campanha. No entanto, o 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação levou a decisão para uma dramática disputa por pênaltis. Waldir Peres, goleiro do São Paulo, foi importante. Ele desestabilizou Joãozinho Paulista e Márcio, do Galo, antes das suas respectivas cobranças e ajudou o Tricolor a sair de zebra a campeão Brasileiro pela primeira vez. Veja no vídeo abaixo.

  • Getúlio (São Paulo): errou
  • Toninho Cerezo (Atlético-MG): errou
  • Chicão (São Paulo): errou
  • Ziza (Atlético-MG): gol (1-0)
  • Peres (São Paulo): gol (1-1)
  • Alves (Atlético-MG): gol (2-1)
  • Antenor (São Paulo): gol (2-2)
  • Joãozinho Paulista (Atlético-MG): errou (2-2)
  • Bezerra (São Paulo): gol (2-3)
  • Márcio (Atlético-MG): errou (2-3)
Nas cobranças de pênaltis, São Paulo é campeão brasileiro de 1977

Nas cobranças de pênaltis, São Paulo é campeão brasileiro de 1977

7º – SÃO PAULO 4 x 0 ATLÉTICO-PR (2005)

Final da Libertadores – Jogo de volta

  • Data: 14 de julho de 2005
  • Estádio: Morumbi
  • Gols: Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli.

O jogo de ida terminou empatado por 1 a 1 no Beira-Rio, local onde o então Atlético-PR (hoje Athletico) teve de mandar a partida por não ter na época um estádio que cumprisse os requisitos do regulamento para sediar uma final da Libertadores. No duelo de volta, mais de 70 mil pessoas no Morumbi viram a goleada. O Tricolor se tornou tricampeão da América, e Rogério Ceni levantou a taça da Libertadores. 

Em 2005, São Paulo garante o tricampeonato na Libertadores após 4 x 0 sobre Atlético-PR

Em 2005, São Paulo garante o tricampeonato na Libertadores após 4 x 0 sobre Atlético-PR

6º – SÃO PAULO 5 x 1 UNIVERSIDAD CATÓLICA (1993)

Final da Libertadores – Jogo de ida

  • Data: 19 de maio de 1993
  • Estádio: Morumbi
  • Gols: López (contra), Vítor, Gilmar, Raí e Müller (São Paulo); Almada (Universidad Católica)

É a maior goleada da história de uma final da Copa Libertadores. O baile tricolor no primeiro jogo praticamente definiu o segundo título da América para o São Paulo. O primeiro gol foi contra: López mandou para o próprio gol no rebote de um chute na trave de Palhinha. Depois, Vítor concluiu jogada trabalhada por Raí e Pintado para ampliar. Gilmar (terceiro), Raí (de peito, completando cruzamento de Cafu, fez o quarto) e Muller (quinto) fizeram os outros gols da máquina comandada por Telê Santana. Os chilenos, de pênalti, descontaram, mas a taça já estava em casa e ficaria no Morumbi, mesmo após a derrota no duelo de volta, por 2 a 0, no Chile.

Em 1993, São Paulo goleia a Universidad Católica pela Libertadores

Em 1993, São Paulo goleia a Universidad Católica pela Libertadores

São Paulo goleou a Universidad Católica na primeira final da Libertadores, em 1993 — Foto: Arquivo Histórico do São Paulo FC

São Paulo goleou a Universidad Católica na primeira final da Libertadores, em 1993 — Foto: Arquivo Histórico do São Paulo FC

5º – SÃO PAULO 1 (3) x (2) 0 NEWELL’S OLD BOYS (1992)

Final da Libertadores – Jogo de volta

  • Data: 17 de junho de 1992
  • Estádio: Morumbi
  • Gols: Raí

A primeira conquista da Libertadores na história do São Paulo teve tensão e drama. A derrota por 1 a 0 no jogo de ida, na Argentina, pressionava o time por uma virada no Morumbi. Sem conseguir criar chances, o time de Telê Santana virou o intervalo no empate sem gols. Até que o treinador colocou Macedo no lugar de Muller. Logo na sequência, Macedo fez jogada dentro da área e foi derrubado: pênalti convertido por Raí. A vitória por 1 a 0 no tempo normal levou a decisão da taça para os pênaltis, e Zetti brilhou. Ele pegou a cobrança decisiva de Gamboa e definiu o título: a América era Tricolor pela primeira vez.

São Paulo conquista título inédito da Libertadores em 1992

4º – GUARANI 3 (3) x (4) 3 SÃO PAULO (1986)

Final do Brasileirão – Jogo de volta

  • Data: 25 de fevereiro de 1987 (a decisão do Brasileirão de 86 foi disputada no ano seguinte)
  • Estádio: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas)
  • Gols: Bernardo, Pita e Careca (São Paulo); Nelsinho, Marco Antônio Boiadeiro e João Paulo (Guarani)

Uma das decisões mais emocionantes da história do Campeonato Brasileiro, o duelo entre Guarani e São Paulo ficou marcado. Tricolor e Bugre empataram por 1 a 1 no tempo normal. Na prorrogação, o placar terminou em 3 a 3, e os times definiram o título nas cobranças de pênaltis.

  • Boiadeiro (Guarani) – perdeu
  • Careca (São Paulo) – perdeu
  • Tosin (Guarani) – gol (1-0)
  • Darío Pereyra (São Paulo) – gol (1-1)
  • João Paulo (Guarani) – perdeu
  • Rômulo (São Paulo) – gol (1-2)
  • Waldir Carioca (Guarani) – gol (2-2)
  • Fonseca (São Paulo) – gol (2-3)
  • Evair (Guarani) – gol (3-3)
  • Wagner Basílio (São Paulo) – gol (3-4)
Em 1987, São Paulo vence o Guarani e conquista o Campeonato Brasileiro de 86

3º – SÃO PAULO 3 x 2 MILAN (1993)

Final do Mundial de Clubes – Jogo único

  • Data: 12 de dezembro de 1993
  • Estádio: Nacional de Tóquio (Japão)
  • Gols: Palhinha, Toninho Cerezo e Muller (São Paulo); Massaro e Papin (Milan)

O mágico ano de 1993 para o São Paulo teve os títulos da Libertadores, da Recopa Sul-Americana, da Supercopa da Libertadores e do Mundial de Clubes. Com tantas taças, o time jogou 97 partidas naquela temporada. A final contra o poderoso Milan do técnico Fabio Capelo, potência europeia dos anos 90, foi dura. O time de Telê Santana teve de brigar até o fim pela vitória. O gol decisivo saiu aos 41 minutos do segundo tempo, em lance emblemático e lembrado até hoje. Muller saltou no ar para escapar de uma dividida com o goleiro Rossi e tocou de calcanhar, sem querer, para o gol.

  • 1-0: Palhinha
  • 1-1: Massaro
  • 2-1: Toninho Cerezo
  • 2-2: Papin
  • 3-2: Muller
São Paulo bateu o Milan na final do Mundial de Clubes de 1993 — Foto:  Arquivo Histórico / saopaulofc.net

São Paulo bateu o Milan na final do Mundial de Clubes de 1993 — Foto: Arquivo Histórico / saopaulofc.net

Em 1993, São Paulo vence o Milan e é bicampeão do Mundial Interclubes

2° – SÃO PAULO 1 x 0 LIVERPOOL (2005)

Final do Mundial de Clubes – Jogo único

  • Data: 18 de dezembro de 2005
  • Estádio: Internacional de Yokohama (Japão)
  • Gols: Mineiro

O Tricolor liderado por Rogério Ceni encarou o Liverpool e sofreu um bombardeio. O time comandado por Paulo Autuori levou três gols, todos bem anulados pela arbitragem, e viu Rogério Ceni fazer uma defesa espetacular que mora no imaginário do torcedor são-paulino até hoje. Em cobrança de falta de Gerrard no ângulo, o goleiro e ídolo voou para evitar gol certo do capitão inglês. Com a bola no pé, Aloísio Chulapa serviu Mineiro para fazer o gol do terceiro título mundial do São Paulo.

Melhores momentos de São Paulo 1 X 0 Liverpool pela final do Mundial de Clubes 2005

1º – SÃO PAULO 2 x 1 BARCELONA (1992)

Final do Mundial de Clubes – Jogo único

  • Data: 13 de dezembro de 1992
  • Estádio: Nacional de Tóquio
  • Gols: Stoichkov (Barcelona); Raí, duas vezes (São Paulo)

maior jogo da história do São Paulo é a virada pra cima do Barcelona de Pep Guardiola na final do Mundial de Clubes de 1992, ano em que o mundo foi tricolor pela primeira vez. Raí marcou duas vezes. No primeiro, completou assistência de Muller. No segundo, fez um golaço de falta sem chances para Zubizarreta: no ângulo. O craque mais uma vez decidiu a favor da máquina de Telê Santana contra o superpoderoso Barça do técnico e ícone Johann Cruyff.

– Eu me recordo bem dessa final. O São Paulo foi infinitamente superior a nós, tinha uma equipe fantástica, com Raí, Cerezo, Muller, e não tínhamos condições de superar. Foi um time que dominou o futebol sul-americano por alguns anos – disse Pep Guardiola em 2013, quando era técnico do Bayern de Munique que enfrentou o São Paulo na Copa Audi.

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