GloboEsporte
Thaís Jorge
Técnico do Fortaleza também cita passagem pelo Cruzeiro: “Saí uma vez só para jantar em Belo Horizonte, uma só. Falta de trabalho não foi”
Rogério Ceni no Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM
As atividades no Fortaleza estão paradas desde o dia 17 de março devido à pandemia do novo coronavírus. Ainda assim, segundo o presidente do clube Marcelo Paz, Rogério Ceni mantém contato com os jogadores, seja por ligações ou pela videoconferência, para saber como estão. Em entrevista, Ceni, ex-goleiro e ex-técnico do São Paulo, declarou que acha muito pouco provável, um dia, chegar a treinar Corinthians ou Palmeiras.
– Não diria que é impossível, pois nada é impossível nesta vida, mas acho muito pouco provável. Muito do respeito que eu conquistei com o torcedor são-paulino se deve à rivalidade de 25 anos que tive com esses clubes. Não pretendo jogar fora isso, até porque existem muitos outros grandes clubes no Brasil – declarou, ao Valor Econômico.
– Treinar o São Paulo foi o maior acerto que fiz. Foi o maior acerto puxar 23 jogadores novos para o time, principalmente sendo que 12 deles pertenciam à categoria de base. Foi o maior acerto ter conseguido promover esses jovens jogadores e valorizá-los no exterior, a ponto de botar R$ 180 milhões no cofre do clube só com a venda dessas revelações.
Ceni relembrou ainda a curta passagem pelo Cruzeiro, no ano passado. O técnico deixou o Fortaleza, foi a Minas Gerais, mas logo voltou para treinar o Leão do Pici. Com um fim de temporada especial, levou o Fortaleza à Sul-Americana pela primeira vez na história. Marcando mais uma vez o nome no clube, com quem conquistou o título da Série B do Brasileiro de 2018, e o acesso à Série A, óbvio, o título do Cearense 2019 e da Copa do Nordeste do mesmo ano. Ceni decidiu morar no CT do Cruzeiro para conhecer mais de perto o clube.
– Passei 21 dias sem sair de lá. Três semanas sem arredar o pé de lá. Era a única forma que eu tinha para conhecer as pessoas, os jogadores. Saí uma vez só para jantar em Belo Horizonte, uma só. Falta de trabalho não foi.
Na capital cearense, um dos hábitos de Ceni é jogar tênis em um clube da Beira Mar. Ele se diz cada vez mais adaptado à cidade e se declara à torcida do Fortaleza.
– Eu quero ganhar sempre. Os meus parceiros de tênis sabem disso. Sou insuportavelmente competitivo. Não tem jeito. Gosto cada vez mais de morar aqui. Jogo tênis a 100 metros da praia, não tenho do que reclamar – revela.
– A torcida do Fortaleza é realmente especial. A festa que eles fazem entro do estádio é fantástica, algo extremamente prazeroso para mim. Não preciso ir ao shopping da cidade para sentir esse afeto – finaliza.
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