SPFC em Pauta – O começo dos anos 90 (Parte 1)

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Resultado de imagem para São Paulo 1992Estava pensando esses dias sobre o que escrever e pensei, “Por que não contar a história de 1992 e 1993 ou até uma história resumo de 90?”, que esquadrão que o São Paulo tinha, não?! Um dos melhores do Brasil, do Mundo e da história do São Paulo. O time base era começava pelo meu amigo Zetti, que já era um baita goleiro, ao que muitos dizem o melhor da história, antecessor de Rogério Ceni que também tem seus fãs e adoradores do qual também acham o melhor goleiro da história. Zetti talvez seja o goleiro preferido da geração de 1980 e o Rogério das de 1990 pra frente, eu mesmo nascido na década de 80 gosto e admiro ambos.

Mas vamos ao que interessa, os jogadores e o time de 1992 e 1993. Zetti; Cafu, Adílson (Válber), Ronaldão e Ronaldo Luís (André Luiz); Pintado (Doriva), Dinho, Cerezo e Raí (Leonardo); Muller e Palhinha era a base de 1992. Ainda em meio a festa no vestiário de 92, no título Mundial Raí anunciou que se despediria do São Paulo na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, alguns dias depois, para jogar em um clube francês… A história acabou não sendo assim, Raí jogou ainda a Libertadores de 1993, que o São Paulo também foi campeão, só depois disso foi negociado com o Paris Saint Germain por U$ 2,7 milhões. A saída de Raí, que na época era o capitão do time, foi campeão pelo São Paulo sete vezes (Brasileirão 1991, Paulistão 89, 91 e 92, voltando a ganhar novamente em 98 e 2000 em sua nova passagem pelo clube, Libertadores 1992 e 1993 e Mundial de 1992) e autor de 101 gols vestindo branco (sendo artilheiro do Paulistão de 91), a equipe de 1993 foi apenas a mais simbólica de uma equipe que soube se reinventar em pouco tempo.

O lateral direito Vítor, foi vendido para o Real Madrid, a princípio, queria Cafu. O zagueiro Adílson foi transferido para o Guarani, e Válber ganhou a companhia de Ronaldão, que foi o capitão substituindo a função de Raí. Pintado, que hoje faz parte da comissão técnica ao lado de Rogério, foi para o Cruz Azul, do México. Dinho e Doriva (técnico do São Paulo até tempo atrás) tornaram-se titulares no meio-campo, reforçaram a marcação e deram liberdade para Toninho Cerezo, auxiliando Leonardo na armação para Palinha e Müller.

A diretoria confiava no trabalho de Telê Santana à frente do clube, tanto é que mesmo após os vices de 89 e 90 do Brasileirão manteve no cargo, na época era pouco comum, hoje alguns times até mantém. Telê pôde arrumar os erros do time nos anos anteriores e armou uma equipe vencedora. O primeiro desafio seria o brasileirão, que naquela época era disputado no começo do ano. O Paulistão era a partir de Julho.

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Na primeira fase, o São Paulo liderou o campeonato e terminou na primeira colocação, com 11 vitórias e apenas 4 derrotas em 19 jogos. Nas semi-finais enfrentamos o Atlético-MG e empatamos por 1 a 1 e 0 a 0, o time garantiu vaga na final por ter a melhor campanha. A decisão seria novamente contra o Bragantino que naquela época tinha Mauro Silva e Carlos Alberto Parreira era o técnico. Pela primeira vez um clube chegava três vezes seguidas em uma decisão de brasileiro (anos depois, 2006, 2007 e 2008 tornaríamos o único tri brasileiro seguido), o São Paulo foi campeão com vitória por 1 a 0 no primeiro jogo, gol de Mário Tilico, e empate sem gols em Bragança Paulista.

Em 1991 no Paulistão daquele ano, sempre tem aquela ladaínha que os rivais falam que foi, mas foi? Não! Mas isso é história pra outra coluna das próximas que vem… No paulista de 1991, o São Paulo despachou todos os rivais que encontrou pela frente e chegou à final contra o Corinthians. No primeiro jogo, Raí mostrou que era o melhor jogador do Brasil, e marcou os três gols na vitória por 3 a 0. No segundo jogo, empate em 0 a 0, que garantiu o título. Com os dois títulos, o ano de 92 seria de novos desafios para o time. Afinal, o time disputaria a Libertadores da América e começaria perdendo por 3 a 0 para o Criciúma, campeão da Copa do Brasil de 1991, depois a vitória contra o San José da Bolívia por 3 a 0, empate contra o Bolívar (BOL) em 1 a 1, goleada contra o Criciúma por 4 a 0, empate contra o San José por 1 a 1 e vitória na partida final contra o Bolívar por 2 a 0, depois de se classificar para as oitavas de final, venceu o Nacional do Uruguai nos dois jogos, por 1 e 2 a 0. Nas quartas encontraria novamente o Criciúma que era de seu grupo, vencendo o primeiro jogo por 1 a 0 e empatando o segundo por 1 a 1. Na semi tivemos pela frente o Barcelona de Guayaquil onde vencemos o primeiro jogo por 3 a 0 e no segundo mesmo com a derrota por 2 a 0 se classificou para a final contra o Newell´s Old Boys que era o melhor ataque do campeonato, o São Paulo até perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, na volta venceu por 1 a 0 e a decisão foram para os pênaltis. 105 mil torcedores assistiram a decisão por pênaltis da Libertadores de 1992. O São Paulo tinha bons, nesse dia cobraram Raí, Ivan e Cafu que marcaram. Ronaldão perdeu, no time Argentino, Zamora e Llop fizeram. Porém, Berizzo, Mendoza e a derradeira cobrança de Gamboa, defendida por Zetti, deu o título ao São Paulo. Era a coroação de uma equipe extremamente competitiva.

E ainda teve mais! Mas isso é assunto pra próxima coluna (sim, terá continuação)
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Carlinhos Novack é Jornalista, já foi colunista de outros sites tricolores, ex-LANCE!. Escreve suas colunas na SPNet todas as Quintas.

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