O SPFC já foi rebaixado! O SPFC foi rebaixado na sua qualidade de maior clube brasileiro, de clube que sempre foi exemplo e modelo a ser seguido por todos os demais clubes do Brasil.
O SPFC de tantas glórias, o SPFC dono do maior estádio particular do país, o único tri campeão brasileiro legítimo, o único tri campeão mundial e clube que, orgulhosamente, nunca venceu um campeonato onde haja qualquer dúvida sobre a forma como o venceu. Eu nunca ouvi dizer em minha vida que o clube foi ajudado por árbitros, por esquemas, por cancelamentos de jogos para obter benefícios ou teve um “parceiro” bancando o time.
Eu sempre tive muito orgulho de torcer por um clube que conquistou o título de maior vitorioso da história do futebol brasileiro. Um clube que nunca disputou a segunda divisão de qualquer torneio, seja ele estadual ou nacional. Torcer pelo SPFC sempre significou estar ao lado daqueles que sabem trabalhar, dos honestos, pessoas de bem que sempre fizeram do clube um exemplo, citado sempre com orgulho, mas nunca, ou quase nunca, soberba, pois tudo foi conquistado com muito trabalho e humildade. A soberba veio com JJ no fim de sua vida. Foi erro, pois a maior qualidade de um homem é a humildade.
Mas este SPFC acabou, infelizmente acabou. Já temos a mancha de estar vivendo como se fôssemos qualquer clube comum do futebol brasileiro há quase uma década. Este grupo de pessoas que comandam o mais querido clube do Brasil nos rebaixou a um lugar que nunca estivemos. O lugar dos comuns não é para o SPFC.
O problema não é ficar X anos sem vencer um campeonato. O problema é como estamos vivendo nosso dia a dia. O problema é estar mostrando ao mundo como não deve ser o planejamento de um clube de futebol profissional. O SPFC é um lugar onde muitos cargos importantes são preenchidos por “amigos” e não por profissionais do ramo, de gente que conhece o futebol. Quem é Vinícius Pinotti, por exemplo? Quanto tempo faz que este cidadão trabalha com futebol para estar no comando do futebol do clube mais vitorioso da história? É disso que falo.
A hora da mudança por completo chegou. Nós não podemos permitir este estado de coisas num clube que sempre foi orgulhosamente e graças ao bom trabalho o exemplo!
Como podemos nos organizar para fazermos o maior protesto da história? Organizar um protesto do tamanho da crise. Eu imagino um baita protesto com 50.000 torcedores na porta do CT num domingo. Protestos não precisam de violência, depredação e coisas do gênero. Fiz parte de um grupo de um milhão e quinhentas mil pessoas que lotaram a avenida paulista para impedir uma presidente da república e não vi uma única e simples lixeira plástica quebrada.
Precisamos mostrar aos péssimos gestores que temos há anos que este clube sempre foi movido por muita Fé e muito amor, além de muito trabalho competente e honesto. Foi assim que erguemos o Morumbi. Foram 18 anos de muito trabalho, quando o ex goleiro Poy foi o maior vendedor de cadeiras cativas para o clube levantar fundos.
Eu lanço aqui um convite para começarmos um movimento para retirarmos do clube quem não tem respeito por ele.
Salve o tricolor paulista, o clube da Fé!
Carlito Sampaio Góes
Carlito é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.
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