O futebol não é uma ciência exata como a matemática, onde dois mais dois são sempre quatro. Um esporte coletivo tem muitas dificuldades que muitas vezes custamos a aceitar por paixão ou por falta de conhecimento mesmo.
Mais uma vez vou usar os três grandes de SP para exemplificar a dificuldade que é fazer um elenco de bons jogadores formarem um time que jogue bom futebol. No início do ano o SPFC venceu o Corinthians na Florida Cup e logo depois o clube sem cor foi chamado de a quarta força do futebol paulista. Isso logo foi esquecido com a vitória deles no paulistinha. Já o clube verde era considerado o bicho papão do ano. Logo que os verdes começaram a perder tudo que disputavam o clube trouxe de volta o Cuca. O que aconteceu? Nada!
O time sem cor começou o trabalho de 2017 em 2016, quando teve um ano ruim e passou a planejar a temporada seguinte e manteve o trabalho até aqui. O time verde desmontou o time de 2016 e em 2017 já não conseguiu o mesmo resultado, com troca, inclusive, do treinador no meio da temporada, o que faz mudar todo o trabalho.
Eu estou vendo certa evolução no futebol apresentado pelo SPFC e penso que logo o time vai engatar algumas boas partidas e sair deste lugar que os atuais gestores do clube o levou. Se em 2018 as coisas vão dar certo ninguém pode dizer, afinal de contas, o Barcelona gastou muito dinheiro nos últimos anos e vem conquistando menos do que o esperado. Mas se todos tiverem a inteligência de dar sequencia no trabalho deste ano em 2018, as chances aumentam.
O SPFC está fazendo agora em Agosto o que deveria ter feito em Fevereiro. Muitos jogadores disputaram poucas partidas pelo clube, a saber: Arboleda, Edimar, Hernanes, Petros, Marcos Guilherme, Sidão e Gomez só citar os principais. O treinador acaba de chegar. Estamos no Brasil, mas o SPFC está fazendo o calendário Europeu. Isso não pode dar certo!
Mas uma certeza todos precisam ter: O trabalho iniciado há poucos dias pelo atual treinador tem que ter continuidade em 2018. Dorival tem vários bons trabalhos na carreira, tem vários títulos, é sério, trabalhador e experiente. Se alguma coisa deve mudar no clube esta coisa está na gestão do clube, na diretoria e presidência. O presidente foi eleito neste ano, portanto não sairá em breve. Mas ele pode sacudir o clube com escolhas de gente do “ramo” para todas as funções do clube ligadas ao futebol. Eu não estou lá dentro para sentir o ambiente, inclusive com os jogadores, mas exigir profissionais com experiência dentro do setor em que vai trabalhar é o básico para se alcançar o sucesso.
O que cabe a nós torcedores é o que estamos fazendo: Apoiar os jogadores que merecem e pedir muito empenho deles, já que alguns que não mereciam estão inclusive deixando o clube, e cobrar dos gestores melhores resultados. Se o jogador é fraco, a culpa não é dele. A culpa dele estar no SPFC sendo fraco é de quem o contratou.
Salve o tricolor paulista, o clube da Fé.
Carlito é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.
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Concordo com a permanência do Dorival em 2018, porém nosso buraco é mais embaixo.
Desde o mandato “mandrake” do JJ nosso bastidor virou uma gerra de egos. Temos diversas situações e oposições que mudam de lado sempre que o interesse pessoal fala mais alto. Não temos gente preocupada de fato com o clube e com sua história. Não há no clube alguém com um projeto de fato para o time, apenas oportunistas momentâneos que usam o clube para benefício próprio. Somos hoje um balcão de negócios, empresários suspeitos pairam sobre o clube de acordo com os interesses de diretorias que se alternam a cada dois meses, ou seja, viramos o Brasil.
Enquanto não houver uma renovação em nosso quadro diretório o torcedor vai padecer. Precisamos de um líder, um presidente que coloque a mão na massa e o dedo na ferida aberta sem medo. Alguém com mão de ferro para acabar com as benesses que falsos apaixonados pelo clube possuem. O SPFC precisa acabar com a soberba que existe na cabeça de nossos antiquados cardeais.
Eu acredito que nossa maré não vai mudar tão cedo, pois não apareceu ainda um são paulino apaixonado e sério para novamente revolucionar nossa história. Enquanto houver Leco, Pimenta, não sei o que do Chapéu, Aurélio Miguel, Bastos Neto etc…seremos mais do mesmo, infelizmente.
Ao torcedor resta a fé e a paixão, ingredientes que a tempos tem mantido o time pelo menos na primeira divisão.