Terças Tricolores – Não dá mais para pedir paciência

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Eu avisei, faz umas duas semanas, de que precisávamos de um goleiro confiável. Claro que, diante dos resultados, isso ficou ainda mais claro e, a grande aceitação daquela coluna, só mostra o quanto a nossa torcida não confia no arqueiro que temos nos dias de hoje.

Mas, mais do que isso, o time se acovardou. A substituição do Hudson pelo Petros, na segunda etapa, ao que tudo indica, foi por questão física e até dá para entender que o volante tenha saído. O que não dá para entender é a razão de ter entrado o Petros e não o Liziero. O menino já mostrou que tem personalidade e tem profundidade, uma das características que mais valorizo nessa joia.

O jogo era para ser controlado e não para recuarmos. O rival mal conseguia atacar, mal criava e não conseguia furar nossas linhas de marcação. Mas fizemos a única coisa que não poderíamos fazer: recuamos. E ao fazer isso, o trio de ataque dos caras, rápido e com qualidade, nos engoliu. O Willian Bigode, que considero uma das maiores “perdas” para o adversário em um passado recente, acabou marcando dois gols (um impedido) e decretando a nossa derrota. Pior que isso só tomar um gol do Dudu, que hoje fala mais do que joga.

A crítica maior, claro, vai para o Sidão que, com um reflexo RIDÍCULO, conseguiu dar o primeiro gol para os caras. Fora o terceiro gol que eu nem vou comentar. Mas, também, vou ser obrigado a criticar mais jogadores. Como é que pode o Reinaldo não ganhar uma bola do Keno o jogo todo? Virou uma via expressa a nossa lateral esquerda? Como pode o time não criar UMA CHANCE de gol no segundo tempo?

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O time, como o Nenê disse em uma entrevista ao Uol, não está pronto. Não temos, ainda, alma de campeão. Mas não vou pedir mais paciência. Eu cansei.

Eu, honestamente, não quero saber se estamos com 3 volantes, 9 zagueiros ou sem atacantes. Eu quero saber de ganhar os jogos difíceis para ser campeão. Afinal, esse time não fica pronto desde 2012, quando ganhamos a Sul Americana? Ou desde que ganhamos o último Brasileiro?

O campeão vence clássico. O campeão vence os jogos mais complicados. O campeão tem pegada e vontade. Chega de time medroso. Nosso aproveitamento em “arenas” é ridículo e, perder a invencibilidade da maneira que perdemos, foi patético.

Não me conformo até agora. Que o jogo de hoje apague a PÉSSIMA PARTIDA que fizemos no final de semana. O CAMPEÃO vence jogos como o de hoje, em casa.

Vamos ver do que esse time é feito. E vamos ver se o Aguirre consegue colocar algum coração nesse elenco.

É isso!

Abraços!

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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e são-paulino desde que se conhece por gente.