Terças Tricolores – E lá vem o segundo turno

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O primeiro turno foi destroçador. O time que começou o ano com um treinador inseguro e sem perspectiva foi totalmente reformulado. A chegada de Aguirre, a saída de atletas que a diretoria entendia que não seriam aproveitados e o crescimento de produção dos reforços alterou completamente a ideia do time do São Paulo.

O crescimento e contribuição de Nenê e Diego Souza, a saída da laranja podre do Cueva e a venda de outros atletas, como Petros e Marcos Guilherme (a contribuição do primeiro para o bom ambiente não pode ser esquecida e a raça do segundo idem) deram uma nova cara ao Tricolor.

Hoje o que se vê quando acompanhamos os canais oficiais do São Paulo é um elenco unido. Do goleiro ao atacante, todos aparentam se gostar e se dedicar, a correr um pelo outro, a lutar um pelo outro e, consequentemente, a vencer um pelo outro.

Olhando para o lado mais de bastidor, todos também estão de parabéns. O São Paulo pode até não ser campeão, mas o trabalho do trio Raí, Lugano e Ricardo Rocha merece aplausos. Em menos de um ano conseguiram montar um elenco forte, competitivo e que está nas cabeças do campeonato.

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Mas não há nada ganho. Todos estão de parabéns até agora. A partir de amanhã um novo turno começa e, ao que tudo indica, será ainda mais difícil. O Internacional, assim como a nossa equipe, joga só esse campeonato. O Grêmio tem altas chances de cair da Libertadores e, também, só terá o Campeonato Brasileiro para jogar, tornando-o um duro concorrente. O mesmo vale para o Flamengo que, caindo na tabela ou não, não deve ser subestimado.

Fizemos um grande papel na primeira metade do campeonato. A torcida está corretíssima em brincar com “segue o líder”. Os atletas, por sua vez, precisam estar com ainda mais raiva, dedicação e vontade de ganhar. A partir de agora, a contagem regressiva começa. A cada jogo, cada gol e cada vitória (ou derrota), o título ficará mais perto ou mais longe.

Honestamente, quem acompanha minhas colunas, sabe que eu não botava fé no time para buscar o título, mas sim uma vaga na Libertadores. Mas esse time me surpreendeu. Está nas cabeças, com todos os méritos, mas chegou a hora de administrar essa vantagem. Amanhã, no Paraná, a parada não será fácil.

Torço para que o Aguirre consiga manter a humildade e calma dentro desse vestiário. Se assim o fizer, talvez consigamos, finalmente, um título de alta relevância nessa década.

É isso!

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Abrahão de Oliveira é jornalista, formado pela Universidade Metodista de São Paulo, dono da @spinfoco e são-paulino desde que se conhece por gente. 

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