Memórias Tricolor – Final Manchada

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Um dos dias mais felizes da minha vida foi em 14 de julho de 2005, quando o São Paulo conquistou pela terceira vez a América, se consagrando Tricampeão da Libertadores, eu estava no Morumbi e vivi esta grandiosa emoção…

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Sábado 24 de novembro de 2018, todos os apaixonados por futebol se programaram para assistir a final da Libertadores 2018, a inédita disputa entre River Plate x Boca Juniors, o primeiro jogo empate em 2 a 2 no La Bombonera, a casa do Boca, então todas as emoções reservadas para o 2º jogo, agora no Estádio Monumental de Núñez, casa do River Plate, o maior estádio da Argentina. A expectativa na imprensa esportiva e em todos os torcedores era enorme, aqui no Brasil muitos a aguardar o momento do jogo, o jogo que não aconteceu.

Infelizmente, para tristeza dos amantes do futebol, um grupo de imbecis (não podemos chamá-los de torcedores) que dizem gostar do River Plate, demonstraram todo seu desprezo pelo futebol e atacaram o ônibus que trazia a delegação do Boca Juniors, jogaram pedras, rojões e tudo que podiam, a polícia Argentina planejou errado a segurança do evento e não conseguiu evitar a selvageria. Triste final de Libertadores, cujo jogo final ficou para dia 09/12 a ser disputado na Europa, e pela 1ª vez um jogo de Libertadores será disputado no velho continente, uma vergonha.

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Infelizmente os casos de selvageria não são novidades e vivemos no Brasil diversos casos, e muitos envolvem nosso tão amado clube e parte de sua torcida, casos que nesta Coluna relembramos:

Infelizmente a 1ª morte que se tem notícia em um estádio brasileiro aconteceu em um jogo São Paulo x Corinthians pela Copa São Paulo de Juniores, em 23 de janeiro de 1992.

Porém a maior guerra campal entre torcedores ocorreu no Estádio do Pacaembu em 20 de agosto de 1995. São Paulo e Palmeiras disputaram a Final da Supercopa SP de Juniores, e após o apito final os “torcedores” de ambos os times invadiram o gramado e munidos de pedaços de paus deram início a uma triste guerra que deixou 102 feridos e um torcedor morto. O são paulino Marcio Gasparim ficou muito ferido, foi socorrido mas dias depois acabou falecendo. O palmeirense Adalberto Benedito Santos foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. A barbaridade ocorrida em pleno domingo de manhã foi toda transmitida ao vivo pela TV que passou a partida.

Infelizmente esses não foram casos isolados, em diversas outras oportunidades “torcedores” se transformam em bárbaros guerreiros e tiram todo o brilho que o futebol consegue nos dar. A violência impensada e sem limites já fez muitas vítimas e tirou o brilho que o grande espetáculo do futebol nos oferta.

Que os Deuses da Bola possam interferir, e que todos possam ter em mente que: Rivais Sim, Inimigos Nunca!

Ou teremos mais cenas cruéis com as que descrevemos e quem sabe final de campeonatos nacionais disputada em outros países como é o caso da Libertadores 2018.

Triste fim de um ano de festa, triste final de Libertadores para os verdadeiros torcedores do River Plate que era apontado como favorito, mas que por um bando de dementes, faz o mundo voltar os olhos para seu principal adversário e rival.

RIVAIS SIM, INIMIGOS NUNCA!

Gustavo Flemming, 40 anos de amor ao SPFC, é empresário no segmento de pesquisa de mercado e consultoria em marketing.

Contato: [email protected]

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição dos proprietários da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.

 

1 COMENTÁRIO

  1. Atualmente como temos uma gestão incompetente ao longo dos anos, sofremos com a ausência de títulos, frutos de um amadorismo latente e predominante sem falar em conselho omisso, frágil e aconchavado.
    Faz-se necessário uma profissionalização total Diretoria e Depto de Futebol.
    Fora Leco e seus asseclas que estão afundando o tricolor.