Enquanto os rivais movimentaram bastante o mercado de meio de ano, reforçando seus elencos, o São Paulo fez contratações pontuais e sem grandes impactos. O zagueiro Ruan, última novidade anunciada pela diretoria, e o volante Marcos Antônio foram as únicas contratações e supriram lacunas criadas no primeiro semestre – na zaga pela venda de Diego Costa e no meio com as lesões de Pablo Maia e Alisson.
Ainda podemos considerar o retorno de Liziero, que entrou bem nas últimas partidas, como reforço. E só. Muito se falou em Thiago Mendes, Alex Sandro e Pol Fernández, mas ficou apenas, ao menos até o momento, no campo da vontade.
Há algumas semanas esta coluna trouxe a necessidade do time se reforçar para o segundo semestre, diante do cenário de contratações que outros clubes, especialmente as SAF, criaram. Além do volante e um zagueiro, que vieram, a coluna sugeriu um lateral-esquerdo. Esta continua sendo a principal carência do elenco tricolor e se agravou com a saída de Wellington no meio do ano.
A janela segue aberta, apesar de o mata-mata da Libertadores começar agora, e temos tempo para contratar. Segue a mesma máxima: que venha alguém para brigar pela titularidade, especialmente na lateral-esquerda. Não adianta contratar alguém para compor elenco, neste caso já temos o Patryck.
Mas ainda precisa se reforçar para ter fôlego e disputar nas três frentes.
Primeira partida no Uruguai
Mata-mata da Libertadores mexe com tudo: não dormimos direito, o trabalho não rende e a ansiedade sobe à estratosfera antes do apito inicial. Mas não é demais relembrar que Libertadores não se joga, se ganha.
Um resultado adverso no Uruguai é natural. Uma derrota por um gol de diferença ou empate não pode ser considerado o fim do mundo, pois temos mais noventa minutos em um Morumbis lotado para tentar reverter.
O Nacional é um dos melhores times do Uruguai, foi recentemente campeão em cima de um Peñarol que enfiou cinco no The Strongest em sua primeira partida das oitavas da Libertadores, e se reforçou bem, além de trocar o treinador.
Mas o São Paulo chega à partida em um bom momento, com o time aparentemente na mão do Zubeldía. Contra o Goiás e Atlético Goianiense não fez grande jogo, mas soube administrar – e é isso que importa na Libertadores: saber administrar. Se fizer o mesmo em Montevidéu encaminha bem a situação para os próximos noventa minutos.
Sabemos que dá para fazer mais. A questão é: precisa?
Vamos São Paulo!