Além das 4 linhas – Diniz

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Fernando chegou ao SPFC sob a desconfiança de muitos, inclusive a minha, e foi aos poucos melhorando o desempenho do time. Eu diria que isso é sentido no time de 2020. É também importante salientar que fazia tempo que o clube não tinha um time que apresentasse um bom futebol. Mas também é importante deixar claro que Diniz tem o melhor time dos  últimos anos. O melhor jogador que atua no Brasil joga no SPFC com a camisa 10. Os comentaristas andam enchendo a  bola do treinador do nosso mais querido, dizendo que temos o melhor treinador dos grandes de São Paulo. Prefiro ver os resultados primeiro.

É necessário pensarmos em algumas coisas antes de acharmos que agora a coisa vai, ou seja, que agora chegou a vez do tricolor levantar uma taça. Nos últimos dias ando lendo muito e vendo os bons programas de esporte. Opiniões de vários especialistas se misturando com a minha. Vi também alguns vídeos dos jogos atuais. A conclusão que cheguei é a óbvia da evolução, mas sem ver uma evolução gigante que nos coloque no nível dos melhores da América. Por que não estamos ainda entre os melhores? Ainda há espaço para evolução dentro do elenco e do esquema segundo os  críticos especializados e eu concordo. Nosso sistema defensivo ainda deixa os times chegarem com alguma facilidade, apesar que isso melhorou muito. Nosso ataque cria muita chance de gol, mas ainda não decide partidas com facilidade. E o mais importante, o time ainda não é um bom visitante. Este é o ponto.

Um time que não é um bom visitante é um time que ainda não passa segurança.

No elenco temos ainda algumas limitações, uma chama mais atenção: O SPFC tem pouca penetração pela linha de fundo. Nosso lateral direito não tem no apoio seu forte. O cara que joga na ponta direita é canhoto, ou seja, seu forte é cortar para o meio. Nosso lateral esquerdo apoia bastante, mas não tanto pela linha de fundo e o cara que joga na ponta esquerda é um meia e não um atacante. O futebol atual, graças à imensa diminuição no tamanho do campo, tem nas pontas um meio importante de ataque e gols. É por isso que os pontas são tão valiosos e o SPFC tem vendido todos eles rapidamente. Aliás, o Barcelona acaba de comprar mais um ponta  do tricolor, o Maia, sem ao menos o conhecermos. Então, pontas são importantes e se forem goleadores mais ainda. Estão aí Luiz Araújo, David Neres, Antony e Lucas a não me deixarem mentir.  Dos 4 Antony é o menos goleador.

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O que vai fazer o SPFC após a saída do Antony ainda não sei. Será o Helinho o cara? Pode ser. Everton pode jogar de ponta, mas quase nunca faz gols. Será Pablo? Ele é grande e pesado para ser o ponta do time. Pablo precisa alternar escalação com alguém de velocidade que jogue pelos lados. Rojas é uma incógnita. Eu soube que tentaram trazer o Luiz Araújo para o Santos. O time dele nem quis saber de conversa. Quem sabe exista alguma opção  que não nos lembramos agora em algum lugar  do mundo? O time vai precisar de um cara com esta característica para as próximas fases dos campeonatos, quando tudo ficará mais difícil e Antony já não estará mais por aqui. Tem clube que tem mais de um no elenco. O Grêmio é um deles, com Cebolinha e o Pepê, que ainda é reserva, mas bom jogador.

Por que o SPFC precisa vender o Antony tão rápido e o Grêmio não vendeu o Cebolinha?

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes