Falando só de resultados o time reserva do SPFC vem fazendo boa campanha no paulista e na libertadores, é inegável. Indo um pouco mais a fundo na análise e observando as atuações dos jogadores, gostaria de fazer ressalvas importantes. Pegando o exemplo do jogo contra o Rentistas no Uruguai, alguns atletas estão decepcionando em minha opinião. Em primeiro lugar o Victor Bueno, que teve sim bons momentos no time de 2020 e agora produz muito pouco ou quase nada. O Rojas é outro que tem tido atuações repetidas com baixo rendimento e contra o Rentistas também não ajudou. Um jogador em especial está tendo fracas atuações faz um certo tempo, o Igor Gomes. O cara é outro que jogou muito bem no ano passado e vem produzindo muito abaixo das suas possibilidades. Impressiona a queda.
O Crespo mudou Victor de posição e o Igor também, segundo falou o ex-jogador Silas durante o jogo no Uruguai. Victor jogava aberto e Igor no meio de campo com 4 jogadores. Mas o nível de atuação está realmente baixo e vejo muito pouco em campo. Igor surgiu como promessa e logo já falavam em vender por alto valor para o exterior. Encheram a bola do garoto. O Rojas está jogando na mesma posição de sempre e nada ou muito pouco de bom tem feito. Será que um dia voltará a jogar ou os dois anos ausente dos gramados mudaram de vez o seu nível?
O fato é que fiquei pensando que Muricy tem trabalho para fortalecer o elenco ao analisar estes três jogadores citados, todos do ataque, o Hernanes, além dos dois jovens zagueiros que jogaram e ainda não passam confiança. Hernanes é um caso especial, pois o salário dele pagaria dois bons jogadores. Deveria sair agora no meio do ano para morar na Itália ao lado dos filhos e jogar num clube pequeno. Tenho certeza que com o salário de Victor Bueno, Rojas e Hernanes o clube pode fazer bons negócios.
Estamos vendo que as contusões de Luciano e Eder trouxeram problemas por falta de banco para eles, este é o ponto. Na verdade só o Pablo tem ido relativamente bem. Crespo gosta dele e isso o fez dar uma melhorada e marcar uns gols, sendo o atual artilheiro. Sejamos verdadeiros: Rojas, Victor e Galeano estão num nível muito abaixo dos outros três e isso faz muita falta ao time titular, que para a partida de hoje tem poucas opções para o ataque. Alterações no elenco serão bem vindas. Mas como isso não é para já, estes jogadores estão recebendo grandes oportunidades para poderem voltar a jogar bem, no caso dos mais veteranos, ou subirem de produção, no caso dos jovens. O Crespo cortou do elenco o Bruno Rodrigues, jogador que foi muito bem pela Ponte Preta na série B e que parece ainda não estar desempenhando bom futebol no Morumbi. Eu tinha certa esperança nele, gosto destes jovens que aparecem no interior, o SPFC sempre contratou muitos, mas parece que alguma coisa impediu o jogador de crescer até agora.
O time reserva que entrou em campo no Uruguai poderia ter tido outros reforços caso contusões e expulsões não tivessem tirado alguns como Leo, Willian e Eder. Isso ajudaria muito no nível do time, apesar de saber que sempre existirão jogadores contundidos ou suspensos. Os destaques do jogo foram Talles, Nestor, Bruno, seguro como sempre, o Wellington e o estreante Orejuela, que teve realmente boa atuação para quem não jogava desde dezembro. São 3 alas pela direita no elenco. Igor Vinícius vai ter que ralar muito para jogar. Com o nível que Orejuela mostrou, será que Crespo colocará Daniel Alves como segundo volante no lugar do Liziero, que parece ser o titular hoje? Bom, isso não sei, mas que Liziero terá que trabalhar muito eu tenho certeza. Isso é bom e beneficia o clube, pois o nível individual sobe. Mestre Telê sempre dizia que o time titular precisa de um bom time reserva para estar bem. Pura verdade.
Teremos agora uma situação delicada: O time tem um jogo hoje importante. Se vencer o jogo de hoje já no domingo mais um jogo importante, os dois eliminatórios. E depois na terça feira pela libertadores o jogo que pode decidir a liderança da chave. Eu penso que o time titular não jogará as três partidas. E agora, como decidir?
Salve o tricolor paulista, o clube da fé no trabalho.
Carlito Sampaio Góes