Quando a temporada 2021 teve início meu sonho tricolor era vencer o Paulista e ver o clube se refazendo por completo. Eu penso que as coisas estão acontecendo. Eu vejo o SPFC de modo diferente hoje de como eu via em 2020, 2019, 2018…não basta o que fez até aqui, mas começou.
O que o SPFC começou a fazer para o campeonato paulista os nossos principais adversários dentro do Brasil fazem faz anos seguidos. O Flamengo inclusive ganhou apelido de nunca ganhar nada no início deste projeto deles que reorganizou o clube. Assim sendo, todos os problemas que vemos hoje no SPFC são frutos de seguidas más gestões e que agora devem e estão sendo atacadas por boas gestões que o clube precisa ter se quiser voltar a brilhar. Em breve a diretoria anunciará a quantia que hoje o clube arrecada com os patrocinadores do uniforme. Precisa melhorar? Precisa melhorar muito se um dia o clube quiser voltar a ser o velho e bom SPFC. Como faz para conseguir? Hoje o esporte futebol mudou muito e virou um negócio gigante que movimenta muito dinheiro. Clubes bem administrados possuem a imensa vantagem de serem escolhidos pelos melhores profissionais, além de poderem oferecer aos profissionais o que os não tão bem administrados não podem oferecer.
Acabamos de ver dois bons centroavantes argentinos recusarem o SPFC. Isso é fácil de explicar. O jogador não pensa só no salário, que também o clube ainda não pode pagar, pensa também nas conquistas que o clube poderá ter no período do seu contrato. Por isso que uma coisa boa trás outra coisa boa. O círculo virtuoso começa na organização financeira. Boas contratações de jogadores e treinadores por uma diretoria competente e confiável começa a trazer os resultados em campo. Os resultados em campo começam a trazer dinheiro através de premiações, vendas de camisa, PPV, ingressos e novos e maiores patrocínios e etc. Só assim o SPFC vai poder competir dentro de campo com os adversários que já se organizaram fora de campo, ou seja, na verdade a competição começa fora de campo.
O futebol é um grande negócio e como todo grande negócio ele pede grandes profissionais dentro e fora de campo. Acabou o negócio do conselheiro virar diretor por pura indicação política. Hoje o clube deve ter diretor, gerente, coordenador e demais cargos dentro da organização preenchidos por competentes profissionais da área do futebol, gente que fez carreira, gente que estudou e se aprimorou. Isso se o clube quiser colher bons resultados. O amadorismo não conquista mais nada.
Isso tudo vem sendo feito por Grêmio, Palmeiras e Flamengo faz tempo. Estes clubes faturam mais dinheiro que o SPFC e com isso conseguem ter melhores profissionais que conquistam mais títulos. Simples assim. Se você quiser montar uma empresa para vender mais e melhores celulares que a Samsung terá que ter os melhores profissionais. Isso é a vida empresarial que chegou ao futebol brasileiro ainda timidamente. Em breve começaremos a ver os primeiros clubes empresas com ações na bolsa de valores. Aí veremos quem tem limão doce para vender.
Então amigos tricolores, não é mais questão de ficarmos em casa torcendo. A gente tem que olhar friamente, analisar e cobrar se nosso elenco é competitivo com o elenco dos adversários. Se nosso treinador é competente como o do adversário. Se toda a comissão técnica, médicos e demais departamentos que cuidam da saúde dos atletas é também do mesmo nível que tem nossos melhores adversários. Como está a estrutura de recuperação e treinamento? Como é o elenco? Se contundir na véspera da final o zagueiro, o volante, centroavante ou meia armador o clube possui reserva a altura? Isso é ganhar num esporte de alto rendimento e supercompetitivo.
Com pouco tempo e dinheiro, a atual gestão deu uma melhorada no resultado alcançado. O clube venceu o paulista, chegou nas quartas da libertadores, está nas quartas com chances de semifinal na copa do Barsil. Um bom início. Veio dinheiro novo. Agora espero ver o aprimoramento disso tudo para em 2022 o clube subir mais um degrau. Isso é a vida empresarial. Futebol não é mais esporte, é negócio.
Salve o tricolor paulista, o clube da fé.
Carlito Sampaio Góes