Cheguei em casa um pouco mais cedo na última terça feira e assisti ao segundo tempo do jogo do Atlético de Madri pela liga dos campeões da Europa. Quando o jogo terminou, com o time Madrilenho classificado, começou a vir à minha cabeça uma comparação entre o momento atual do SPFC e o clube do Simeoni. Comecei a viajar nas coisas todas e imaginar o futuro pensando no presente.
O clube do Simeoni, assim como o SPFC, tem menos dinheiro do que os gigantes do continente europeu neste momento. Mas com um trabalho a longo prazo, Simeoni treina o Atlético desde 2011, o clube deles vem crescendo e conquistando títulos importantes. Olha que coisa bacana: O cara é treinador do mesmo clube faz 11 anos! Simeoni como jogador era um atleta que jogava com muita raça e seriedade e faz o time dele jogar da mesma forma. Com um bom esquema tático, junto da raça e seriedade dos jogadores, e contando sempre com atletas que o dinheiro permite, vem conseguindo aprontar para os maiores a toda hora. Desta vez a vítima foi o Manchester do Cristiano Ronaldo.
Semana passada o diretor de futebol do SPFC, o Carlos Belmonte, declarou uma coisa interessante que vai nesta linha de raciocínio. Na verdade foi a frase do Belmonte que me fez começar a pensar nestas coisas acima. Ele disse:”A gente acha que tem um elenco competitivo. Há elencos mais fortes, mais entrosados do que o nosso? Sim, mas achamos que temos um elenco que dá para competir bem com um trabalho bem feito.”
Eu vejo um paralelo muito claro entre as duas realidades, do SPFC e do Atlético de Madri neste momento. Hoje há clubes com muito mais dinheiro do que o tricolor que podem contratar o que nosso mais querido não pode. Mas isso pode ser superado, de certa forma, por um bom e longo trabalho e muita vontade de vencer. A montagem do elenco tricolor está em andamento e a ausência de dinheiro não ajuda, mas até agora vejo boas contratações e boas dispensas desde janeiro do ano passado. Reconstruir leva tempo meus amigos.
Para o momento atual do SPFC é fundamental que alguns atletas importantes entrem em forma, casos de Miranda, Luan, Patrick, Nikão, Luciano e Rigoni. São todos bons jogadores e só a presença deles fará o tricolor ser realmente competitivo. A julgar pelos clássicos disputados neste paulistão até o momento, o time vem competindo de igual com todo adversário e perdeu ou ganhou no detalhe. Esta deve ser a linha do planejamento com certeza. Se conseguirem o jogador de velocidade na frente e um armador para o meio de campo o elenco ficará bom para o poder financeiro que tem o SPFC no momento. Isso é prova de um bom trabalho sem dúvida. Espero que tenha continuidade.
Numa matéria recente, um jornalista explicava que o time do Rogério Ceni está jogando no sistema 4.1.3.2. O cara explicou que dificilmente Rafinha e Reinaldo, laterais que gostam do ataque, jogarão todo jogo junto por razões claras, por isso Leo sempre atua na esquerda. O volante será o Luan, mas o Pablo vem bem, ou seja, finalmente há um reserva. Nikão sempre jogou na direita, e deverá fazer isso aqui também, assim como Patrick na esquerda. Desta forma, na linha de 3 falta “o cara” centralizado, que no elenco atual pode ser Sara, Alissom, Luciano, Igor ou Nestor. Alguns deles também poderão jogar nas outras duas posições desta linha, caso claro de Sara que pode atuar no lugar do Patrick e de Alisson, que pode atuar no lugar do Nikão. Na frente a dupla titular é Calleri e Rigoni, com opções também, casos de Luciano, Eder e Marquinhos.
Neste desenho ficou claro para mim a falta do meia e do ponta.
Salve o tricolor paulista, o clube da fé.
Carlito Sampaio Góes