Além das 4 linhas – Nada de novo no front

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Este filme de 2022, cujo título empresto a esta pequena reflexão, é muito bom e recomendo a todos que admiram a um bom filme, seja no cinema ou em casa. Eu sou um amante do cinema desde a infância. No filme, um jovem se alista ao exército para lutar cheio de sonhos e logo percebe que a realidade é bem deferente.

Vejo uma identidade muito grande entre o SPFC e o filme citado, já que guardamos dentro de nós uma imagem nem sempre verdadeira das coisas. O que pensamos sobre o SPFC diz respeito ao passado e não está no presente, que precisa ser alterado urgentemente, para não penalizar o futuro. É muito difícil encararmos a realidade em todos os sentidos, mas para continuarmos a crescer, precisamos reconhecer nossas falhas e mudar, isso se chama humildade. O clube vai continuar a viver do passado? Tudo no SPFC está no passado, títulos, estádio, CT Cotia e CT Barra Funda.

Ter passado não é ruim, muito pelo contrário, mas é preciso ter presente para ter futuro. O que fazem no presente para o clube ter bom futuro? Eu imagino que estejam pagando as dívidas para recuperar poder de investimento. Outros clubes que passaram por isso levaram alguns anos para recuperar a velha boa forma, penso que no SPFC não será diferente.

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É por isso que não fico tão chateado com as derrotas do presente, pois hoje as vitórias precisam ser na administração, para depois serem no campo de jogo. O lado positivo da atual fase que dura 10 anos é que os jovens torcedores vão aprendendo como se faz para continuar no auge ou para recuperar o status. A receita do sucesso é única: Muito trabalho na direção certa. Este negócio de sorte não existe, o que existe é trabalho correto, árduo e na direção certa. Pense nesta frase: “Eu tive sorte, mas só depois que comecei a treinar 10 horas por dia”. Ela foi dita pelo Tiger Woods, o maior e melhor jogador de golfe de todos os tempos.

Imaginando que tudo está sendo feito de forma correta internamente, a verdade não sabemos, logo veremos o nível das contratações crescerem muito. Só com grandes jogadores se faz um grande time, e isso não está ocorrendo por óbvias razões conhecidas. Hoje não vejo jogadores no nível que eu imagino ser suficiente para grandes conquistas em várias posições, no gol, nas laterais, no meio de campo e no ataque. Gosto da zaga titular com Arboleda e Ferraresi. Gosto do Mendez. Gosto do Calleri. Nas demais posições acho todos medianos. Outro dia citei aos mais próximos Lucas e Luiz Araújo na frente com Calleri. Citei Claudinho na meia e Thiago Mendes como segundo volante. Este é o nível que o SPFC já teve no seu time. Vai ter novamente?

Eu imagino que terá sim, mas não como clube de futebol, apenas como empresa de futebol o nosso querido tricolor paulista voltará ao topo. Em verdade estou convencido disso e sempre escrevo aqui neste espaço. Se Casares perder a eleição no fim deste ano, quem seria o candidato vencedor? Na última eleição o adversário foi o Roberto Natel, um pequeno empresário que, com todo o respeito, não levaria o nosso clube ao lugar que merece neste novo futebol que se apresenta no século XXI, uma atividade econômica cara que pede gestão profissional. Nada de conselheiros do clube social decidindo os destinos de uma big empresa. O ambiente inteiro tem obrigatoriamente de ser profissional e não político como hoje. Você consegue imaginar a empresa onde trabalha com grupos querendo o bem e outros querendo o mal da instituição, já que querem apenas o próprio bem? Se isso estiver ocorrendo onde você trabalha, saia correndo daí assim que puder.

Agora, caso o clube decida continuar como está, com o tipo de gestão que tem, logo o SPFC será aquele clube como Juventus da Mooca ou Portuguesa, onde os sócios da área social se orgulham de ter um bom time de futebol para ver jogar aos domingos, sem sonho de grandes conquistas.

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes