Além das 4 linhas – Hierarquia das taças

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Discordo de quem fala que o SPFC está na fila, isso é balela, pois o tricolor foi campeão paulista em 2021 sobre o Palmeiras, e jogando bem, dominando um forte adversário, o que não foi pouca coisa.

Falando das taças, em minha modesta opinião, o paulista é a taça menos importante da primeira divisão, mas é uma conquista contra os maiores rivais, o que a torna com um certo charme, mas deveria acabar por conta do excesso de jogos que tem o calendário brasileiro. Em seguida vem a taça da Sula, um campeonato internacional bem interessante. A copa do Brasil vem a seguir, com seus milhões em prêmios e adversários de peso querendo ganhar, aumentando a velha e boa rivalidade nacional e regional, como ocorreu com o SPFC neste ano. O BR vem a seguir, uma taça bem difícil de conquistar pela regularidade que exige e pelo elenco que pede. A Libertadores é o sonho de consumo de todos, não adianta pensar diferente, é a segunda taça mais importante. Por último vem o mundial, coisa hoje bem difícil pelo nível financeiro e administrativo que o futebol mundial tem e o sul-americano ainda não tem.

Assim sendo, o tricolor está na iminência de poder conquistar uma taça pesada e lucrativa demais, já que até a renda será milionária, beirando os R$ 25 milhões. Todo clube e todo jogador quer a taça da copa do Brasil. Além disso temos o fato de ser uma conquista inédita que poderá levar todo o elenco e comissão para a história deste clube super vitorioso, ou seja, como disse meu primo Maurício, para o SPFC a copa do Brasil tem um significado a mais.

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Está sendo muito bacana ver a evolução da instituição SPFC de 2021 para 2022 e depois para 2023. O elenco mais qualificado e sem os famosos “chinelinhos” foi o primeiro passo. Gente comprometida com o resultado é sinal de organização e boa administração de pessoal. O SPFC soube aproveitar o que havia de bom no elenco, soube trazer da base e soube trazer de fora, a coisa mais difícil, pela falta de recursos no cofre. Isso parece ter sido feito com competência pela comissão ajudada pelo velho e bom Muricy.

O SPFC não tem um elenco forte, tem um elenco comprometido, focado, sério e esforçado. Jogadores operários como Alisson e Rato, por exemplo, fazem um meio de campo sem talento superior, mas com muita obediência tática e física. Mas amigos, este é o grande negócio deste momento tricolor, com pouca grana montaram um elenco interessante. E isso tem a ver com uma coisa também interessante do futebol: Se o adversário não estiver iluminado, nosso time pode surpreender. Um time de operários sempre tem vontade, ou seja, os caras treinam forte, cumprem a obrigação estabelecida pelo treinador e querem provar que também podem vencer.

Quando o SPFC teve oportunidade, já com as finanças um pouco melhor, trouxe duas peças com talento diferenciado. Tenho certeza de que outras peças com talento virão se a coisa continuar neste crescimento. Muricy fala uma coisa bem legal: “O jogador tem vontade de jogar em clube vencedor”. Isso não acontecia nos últimos anos e pode começar a acontecer de novo.  

O jogo de domingo será histórico e pretendo estar no Morumbi para assistir. Virar a chave para grandes conquistas é o que pede a camisa tricolor.

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes