Além das 4 linhas – Uma chance

226

Quis o destino, graças a mais uma contusão do Lucas, dar ao nosso atual treinador uma chance de mudar seu sistema e/ou as peças de jogo que ele prefere. Na ânsia de pôr em campo os medalhões, o treinador coloca Lucas para marcar o lateral do time adversário, jogando aberto pela esquerda e se matando em campo.

Esta coisa de colocar Rato aberto na direita, James no meio armando e Lucas aberto na esquerda faz do nosso camisa 7 um cara da marcação. No sistema do Dorival, Lucas jogava no meio, Rato na direita e Nestor na esquerda, considerando que seja o mesmo esquema, o 4.2.3.1. Só que a linha de 3 meias tem agora Lucas fazendo a função que antes era de Nestor, mesmo o treinador tendo outras opções no elenco, ele prefere fazer isso sacrificando o mais talentoso e decisivo do time.

Os especialistas dizem que o sistema do Carpini é igual ao sistema do Rogério, não igual ao do Dorival, onde o meio fica pouco ocupado, a defesa fica exposta graças a um buraco entre os volantes e os 4 do ataque, que é onde os adversários adoram jogar.  Isso força os atletas a correrem demais, pois tem um buraco e não compactação, favorecendo desgastes e contusões por estar o time muito espaçado em campo. Eu sou admirador do esquema, mas com outras peças. Assim como sou admirador do 4.3.1.2 tão usado pelo Real Madri do Modric, para o qual o nosso querido tricolor também tem as peças certas, basta o treinador escolher entre o Galoppo, Bobadilla e Michel para compor linha de 3 volantes juntos a Alisson e Pablo Maia.

Publicidade

A tal linha de 3 pode ter meias mais avançados que voltam ou volantes mais perto da defesa que avançam para ajudar na frente, esta é a diferença entre o 4.2.3.1 e o 4.3.1.2. No caso do último sistema, o 1 seria o James, que pode ser substituído pelo Luciano durante toda partida. Os dois da frente poderiam ser vários atletas, como Calleri, André, Luciano, Ferreira ou Erick, já que agora o Rato está no estaleiro por 3 meses e o Lucas por 1 mês. Tem elenco para tudo, menos para besteira. Olha a chance de usar o 4.3.1.2 que tem o treinador!

O fato é que um clube grande, cheio de desafios gigantes, precisa também de um treinador grande, ou seja, um bom profissional, com experiência e taças na bagagem. Semana passada um amigo chegou e falou: Nosso time está ruim de novo! Eu sem pensar respondi com uma frase que gostei: Na hora de contratar um camisa 9 a gente quer o Calleri, não quer o 9 do água santa. Por que aceitamos o treinador do água santa?

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes