Além das 4 linhas – As empresas

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Hoje fiz uma “fotografia” das tabelas de todos os campeonatos em andamento e que tem participação brasileira. Peguei as finais de copa do brasil, libertadores e sul-americana. Peguei também a tabela do campeonato brasileiro e considerei até o décimo lugar.

Qual a quantidade de empresas de futebol classificadas dentro destas fotos?

Na copa do Brasil o Atlético mineiro está na final e é uma empresa. Na sul-americana o Cruzeiro está na final sendo uma empresa. Na final da libertadores, o mais importante caneco possível, temos Atlético e Botafogo na final, duas empresas. Já no Brasileiro temos entre os 10 primeiros colocados 6 empresas. O mais interessante disso é que se trata de organizações que não estavam entre as favoritas a estes lugares há bem pouco tempos atrás. Os clubes foram transformados em empresas e as boas práticas administrativas transformaram tudo de maneira muito positiva, inclusive os resultados. Os sanguessugas das políticas de cada clube foram afastados nestas empresas e tudo melhorou como que numa mágica.

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Tenho o orgulho particular de ter previsto isso e estar escrevendo sobre este tema faz vários anos. A história vem mostrando e o tempo vai provar o caminho obrigatório a todos, podem apostar no que escrevo.

Quando comecei a refletir sobre o tema o meu primeiro exemplo foi o Liverpool e a enorme transformação que sofreu ao ter sua gestão passada para as mãos de uma empresa norte americana. O Liverpool não ganhava a liga nacional inglesa fazia 30 anos. O estádio precisava de investimento. Hoje sabemos o tamanho que ficou.

Um exemplo muito bacana de se analisar é o do Fortaleza, que com muito menos dinheiro do que a maioria dos ponteiros está entre os melhores, isso foi alcançado graças à administração da empresa, que é reconhecida como boa por todo mundo do futebol. Sem dúvida é um bom exemplo a ser estudado, pois com boa administração é bem provável que consiga sempre estar entre os primeiros, mesmo não conquistando nada de relevante, o que não pode ser válido para o SPFC, que passada a fase de ajuste financeiro terá que, obrigatoriamente, voltar a ser forte e vencedor. Para conquistar coisas pesadas é preciso de muita grana, isso a gente já sabe por inúmeros exemplos, a começar pelas 6 taças pesadas do tricolor, que foram conquistadas quando o SPFC teve super times. E quem ganha na Europa? Os mais ricos e organizados.

Numa recente entrevista do Belmonte ele deixa isso claro e fala abertamente que o momento é de aperto com time “competitivo” e que no futuro a instituição “poderá” ter recursos compatíveis com os demais grandes do Brasil.

É isso o que espero do tricolor, que honre sua história e não seja uma instituição endividada e volte a ser organizada. Para alcançar os maiores objetivos só vejo o caminho de deixar de ser clube e passar a ser uma empresa totalmente separada do social, onde o profissionalismo não é a palavra mais forte.

Salve o tricolor paulista, o clube da fé.

Carlito Sampaio Góes