Opinião Tricolor – O duvidar de Rogério Ceni

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Salve nação!

11 meses e meio atrás, o Morumbi viveu um dos espetáculos mais imponentes da história do futebol brasileiro, a despedida do goleiro mítico, Rogério Ceni.

Um atleta capaz de reunir gerações diferentes de tricampeões mundiais, em torno de uma marca lendária de 25 anos de amor e entrega, ao mesmo clube.

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Em 11/12/2015, Rogério conhecia cada um presente, pois desde 1990, estava no Morumbi.

Referências como o saudoso Mestre Telê, Muricy Ramalho, Zetti, Raí, Lugano, Ronaldão, Pintado, Muller, Mineiro e Josué, dentre tantos outros heróis são-paulinos, fizeram Ceni adquirir conhecimentos, muito além de guardar a meta.

Um time se comanda do banco mas, também, de dentro do campo. Assim, antes de completar um ano de aposentadoria e com o privilégio da posição onde se vê toda a dinâmica do gramado, Rogério, já diferenciado pela abnegação e busca incessante da glória, chegou a treinador, anunciado pelo São Paulo em 24/11/2016.

Claro que, obstinado pela perfeição, mesmo ciente de que é impossível ao ser humano atingí-la, porém, fundamental buscá-la, o M1to sabe que existe muito ainda a aprender. Ocorre que essa busca não será problema para um personagem que se tornou conhecido no mundo todo, como referência de marcas recordistas, que jamais serão alcançadas.

Talvez o mundo seja conquistado novamente, dessa vez, muito mais do que usando chuteiras. Talvez não.

A única coisa que não é prudente, é duvidar de Rogério Ceni.

Como todo aquele que duvidou que seria missão inglória, substituir um goleiro bimundial, quem duvidou da primeira cobrança de falta, ou duvidou do centésimo gol. Duvidaram que um mesmo atleta não bateria o recorde de Pelé, de vestir o mesmo manto, com mais de mil jogos.

Todos desafios derrubados pelo ímpeto inigualável, de um personagem do futebol que se tornou único, até na numeração que usava em campo.

O 10 ao contrário, 01, agora orientará um dos maiores times do mundo.

O fará com o coração.

É permitido todo direito de ter receio de não dar certo, afinal, existe a imagem de um ídolo em jogo.

Apenas, não duvide…

 

Saudações Tricolores!

Carlos PortCarlos Port, idealizador do projeto Opinião Tricolor. Dois bacharelados na profissão de administrador, especialização em comunicação, neto e filho de são-paulinos, paulistano, patriota. No Twitter: @carlosport

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.