“É quarta-feira!”.
O grito cantado pelos torcedores do São Paulo logo após o apito final da goleada por 4 a 0 sobre o Audax, no último sábado, no Morumbi, reforçou qual é o real interesse do clube: a Taça Libertadores da América. A cobrança é por uma vitória contra o Danubio, do Uruguai, no Morumbi. Principalmente depois da derrota para o rival Corinthians, na estreia da competição.
A pressão da própria torcida não incomoda Michel Bastos. Um dos destaques do time no início da temporada, com três gols e quatro assistências, o meia mostra motivação com as cobranças.
– Gosto e já estou acostumado com isso, independentemente de a torcida ser contra ou a favor. Nessas horas é preciso ter um pouco mais de personalidade. Fui para o mundo árabe e lá senti a falta do estádio cheio, de ter gente gritando. Foi uma das coisas que me fez querer voltar após três meses – disse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda.
O jogador também aproveitou para defender o técnico Muricy Ramalho, responsável por usá-lo como lateral-esquerdo no clássico contra o Corinthians. No segundo tempo, o comandante substituiu Alan Kardec por Reinaldo e voltou a colocá-lo como meia, mas a alteração não teve efeito prático.
– Não perdemos para o Corinthians porque joguei na lateral. O time inteiro não jogou bem. Foi citado por eu ter jogado em outra posição e parece que o erro foi esse. Mas não. Perdemos porque jogamos mal. Tinha jogado nessa posição em 2014. Uma das melhores atuações foi contra o Palmeiras, na lateral. Não foi esse o erro – afirmou.
Zerado no Grupo 2 da Libertadores, o São Paulo é o lanterna pela diferença no saldo de gols para o Danubio (-2 do time paulista contra -1 da equipe uruguaia). Assim, os dois times precisam da vitória no confronto de quarta-feira para encostar nos líderes Corinthians e San Lorenzo.