Alan Kardec admite que o São Paulo não está na melhor fase que poderia estar. Mas, em participação no “Seleção SporTV”, o atacante pediu que sejam feitas “análises frias” sobre os tropeços da equipe no ano. Após marcar dois gols na vitória por 3 a 0 contra o Linense, no Morumbi, o centroavante analisou os clássicos contra Corinthians, Santos e Palmeiras, rivais que o Tricolor ainda não conseguiu vencer.
(Foto: Rubens Chiri / SPFC)
– É difícil ficar procurando explicações. Dentro dos clássicos, se analisar com um pouco mais de frieza, perdemos o primeiro para o Corinthians que foi muito ruim, esse nós admitimos, na sequência tivemos um 0 a 0 contra o Santos que foi lá e cá, depois outro com o Corinthians que tivemos a oportunidade de atuar com homem a mais, mas os gols não aconteceram, na oportunidade que tivemos não fizemos o gol. Se acontecesse, o crescimento da equipe seria muito maior e poderíamos chegar à vitória. E contra o Palmeiras foi uma situação à parte. Saímos atrás do placar bem no início do jogo e em sequência perdemos um homem (…). Atrapalha muito, estávamos atrás, teríamos de buscar o resultado e nos contra-ataques e na posse de bola sofremos muito. Aconteceu isso – analisou.
Líder do Grupo 01 e já classificado para as quartas de final no Paulistão, o Tricolor acumulou nove vitórias, dois empates e duas derrotas na competição – 0 a 0 com Rio Claro e Santos, e tropeços contra Corinthians (1 a 0) e Palmeiras (3 a 0). Já na Taça Libertadores, perdeu para o Corinthians (2 a 0) e venceu Danubio (4 a 0) e San Lorenzo (1 a 0).
– Na Libertadores estamos bem, vencemos os atuais campeões (San Lorenzo) em uma partida com muita dedicação e raça, que talvez tecnicamente não foi a melhor, mas que já foi possível notar coisas boas nesta partida. Tem de colocar tudo na balança e procurar o equilíbrio. Muito se fala em relação aos clássicos, mas não se faz análises frias para saber o que aconteceu nas partidas. Mas não serve de desculpa, temos de crescer, de querer mais, de vontade e dedicação, mas fizemos jogos importantes também, principalmente na Libertadores – diz o jogador.
Segundo o atleta, a raça e dedicação são até mais importantes do que a qualidade técnica para que o São Paulo volte a fazer boas apresentações na temporada.
– No meu modo de pensar, em primeiro lugar vem a vontade e dedicação. Porque a técnica é consequência daquilo que o jogador é capaz de produzir, e jogadores técnicos nós temos de sobra. Se não correr, se não se dedicar, as coisas ficam muito difíceis. Quando os jogadores colocam na cabeça que todos têm de marcar, de ajudar o outro, quando deixam o egoísmo de lado para passar a bola para um companheiro melhor colocado, as coisas podem nos engrandecer. No ano passado, era bonito ver o Kaká marcando lá atrás, dando carrinho, e isso acabava motivando os outros, foi uma grande referência, mas hoje ele não está mais conosco. Se todos se dedicarem, a parte técnica acontece naturalmente – afirmou.
O Tricolor volta a campo na quarta, contra o San Lorenzo, na Argentina, às 19h45.