(Foto: Igor Amorim / São Paulo FC)
As relações entre os presidentes de Palmeiras e São Paulo seguem cortadas, mas Carlos Miguel Aidar estará presente no estádio alviverde no clássico da próxima quarta-feira, válido pela 12ª rodada do Campeonato Paulista. E não haverá nenhum esquema especial para garantir a segurança do mandatário, que chegará no ônibus da delegação.
– Eu vou ao jogo quarta, como vou em todas as partidas – afirmou o dirigente.
A relação de Aidar com Paulo Nobre começou a se deteriorar em abril do ano passado, quando o São Paulo abriu os cofres e contratou Alan Kardec, que era jogador do Palmeiras.
Na época, os dirigentes do Verdão buscavam a renovação contratual do atleta, que não aconteceu por questões financeiras. Quando foi consumada a ida do atleta para o Morumbi,Paulo Nobre criticou a postura de Aidar, que respondeu batendo duro.
– A manifestação do presidente Paulo Nobre chega a ser patética. Demonstra, infelizmente, o atual tamanho da Sociedade Esportiva Palmeiras, que, ano após ano, se apequena com manifestações dessa natureza. Como se diz nas arquibancadas, o choro é livre – afirmou o mandatário são-paulino, que, durante a entrevista, comeu uma banana.
No dia seguinte, Nobre veio a público para afirmar que, enquanto Aidar for presidente, não existiria mais relacionamento entre Palmeiras e São Paulo.
– Jamais aceitaremos que alguém se ouse dirigir à nossa Sociedade Esportiva Palmeiras de tal forma e, portanto, rompemos qualquer relação política com o São Paulo enquanto o Sr. Aidar estiver à frente da entidade – disse o dirigente, através de nota oficial.
Outro episódio que piorou ainda mais a relação entre os dois dirigentes foi o caso Wesley. O Palmeiras, durante muito tempo, buscou a renovação de contrato com o atleta, que não aceitou. O Verdão acredita que isso aconteceu porque o atleta já tinha um pré-contrato assinado com o São Paulo. O meio-campista esperou seu vínculo com o ex-clube terminar, em fevereiro, para anunciar o acordo com o Tricolor.
Mesmo rompidos, Nobre e Aidar participaram de outra polêmica, desta vez no começo de 2015, quando o presidente são-paulino veio a público para ironizar o acerto feito entre Verdão e a Crefisa, que também estudava patrocinar o São Paulo por um valor maior, segundo ele. Nobre, quando ficou sabendo disso, disparou.
– O que eu posso comentar? Esse senhor participou das negociações do Palmeiras com a Crefisa? Ele viu o contrato? Como ele pode falar do que acontece na casa dos outros? Talvez fosse mais adequado que ele pudesse cuidar da sua administração conflituosa e cheia de escândalos. No Palmeiras, negociação tocada pelo presidente não tem intermediário – afirmou Nobre, referindo-se na época a Cinira Maturana, que era acusava por membros da oposição tricolor de ganhar comissões de Carlos Miguel Aidar.
Os clubes também disputaram alguns jogadores no mercado. Na virada do ano, o Palmeiras esteve perto de acertar com Thiago Mendes, do Goiás, mas foi o São Paulo quem ficou com o jogador. O Verdão respondeu em grande estilo, contratando o atacante Dudu, que era pretendido não só pelo Tricolor, mas também pelo Corinthians. Uma semana depois, o São Paulo surpreendeu ao entrar na disputa e contratar o atacante Jonathan Cafu, da Ponte Preta, que já estava apalavrado com o Palmeiras. Neste domingo, mais uma surpresa: a notícia de que Michel Bastos esteve perto de acertar com o Verdão no ano passado.