De guarda baixa, Muricy será blindado até “decisão” na Argentina

82
Gazeta Esportiva – Tossiro Neto
A decisão da diretoria do São Paulo em não aceitar a oferta de Muricy Ramalho de entregar o cargo foi dividida. Ao mesmo tempo em que não enxergam no mercado uma opção que resolva os problemas do time em meio à reta final da fase de grupos da Copa Libertadores, os dirigentes estão preocupados com o abatimento do treinador depois de nova derrota em um grande jogo, desta vez para o Palmeiras.

Ao menos até o duelo de quarta-feira que vem, contra o San Lorenzo, ele seguirá com respaldo total do departamento de futebol para se concentrar apenas no trabalho do dia a dia. É possível, inclusive, que sua tradicional entrevista coletiva de sexta-feira seja cancelada, e algum jogador converse com a imprensa em seu lugar, na antevéspera do duelo com o Linense, pelo Campeonato Paulista.

O diagnóstico dos dirigentes é que a continuidade de Muricy, apesar da falta de identidade da equipe, é ainda a melhor opção no momento. Por isso, além de propagar a ideia de que ele tem grande importância e não pode sair “em hipótese alguma”, vão blindá-lo ao máximo. “Ele está desgastado”, reconheceu o vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, depois de longa reunião com o comandante do time, da qual também participaram o gerente executivo Gustavo Vieira e os auxiliares do treinador.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Muricy conta com respaldo da diretoria tricolor, ao menos, até decisão contra San Lorenzo na Argentina

A maior dificuldade para dar tranquilidade a ele e aos jogadores é o protesto agendado pela maior torcida uniformizada tricolor, que quer sua demissão e promete ir ao CT da Barra Funda na manhã deste sábado. Da última vez, Ataíde conseguiu alterar o local do treinamento e abriu os portões do Morumbi, fazendo com que a ação organizada não fosse tão próxima e perdesse força. Depois disso, a viagem à Argentina, na terça-feira, facilitará a blindagem do time. Uma derrota para o San Lorenzo, porém, colocaria tudo isso a perder novamente.

Fato é que o técnico tricampeão brasileiro pelo São Paulo (2006, 2007 e 2008) parece não encontrar soluções para reerguer o grupo que foi vice-campeão brasileiro na temporada passada. Um grupo que, a não ser pela saída de Kaká, só foi reforçado. “É verdade, contrataram jogadores que a gente precisava, principalmente os laterais”, admitiu, na quarta-feira, depois do revés no Palestra Itália.

Publicidade

“O Muricy é um excelente profissional, trabalhador. Tenho certeza de que vai encontrar o que fazer com o elenco, que reputo ser muito bom, para agradar à torcida. Ela ataca dirigente, com razão, o técnico, com razão, e temos que dar resposta. Não adianta retórica, querer agradar com palavras. Torcida só vai ficar satisfeita se ganharmos do San Lorenzo e, nas fases próximas do Paulista, derrubar Palmeiras, Corinthians e Santos”, alertou Ataíde.

5 COMENTÁRIOS

  1. Para libertadores acho correto o Muricy é voltar ao 3-5-2…
    – Goleiro – RC;
    – Zagueiros – Toloi (até Breno ter condições), Rodrigo Caio e Dória;
    – Alas – Auro e Michel Bastos;
    – Volantes – Hudson e Souza;
    – Meia – Ganso;
    – Atacantes – Centurion e Pato
    Podendo Centurion atuar no lugar de Ganso e Kardec entrando no lugar do Centurion, quando Breno voltar poderia ter uma variação do Rodrigo C. como zagueiro ou 1º volante, tem Wesley ainda, Boschila, faz o time cascudo com algumas variações… Muricy sabe trabalhar assim e não no futebol moderno, o kra é cascudo.

    • Pra domingo eu usaria:

      – Goleiro – RC;
      – Zagueiros – Lucão, Rodrigo Caio e Dória;
      – Alas – Auro e Carlinhos;
      – Volantes – Hudson e Tiago Mendes;
      – Meia – Boschila;
      – Atacantes – Centurion e Pato

      Toloi, Michel, Ganso suspensos e Souza seleção voltariam na quarta.

  2. Uma coisa é certa os jogadores do São Paulo tem que se encontrar, o time tem que fazer uma varredura para o brasileiro, tem jogador que tem que parar, jogador que tem que sair, não tem jeito, tem que contratar jogador com raça e vontade e não jogador Play Boy que só sabe cobrar salário, tem que jogar bola mesmo para vestir o manto do soberano.