Muricy festeja vitória, defende Ataíde e já projeta “final” contra San Lorenzo

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Globoesporte.com

Técnico acha que vice de futebol do Tricolor fará falta se sair e diz que não se sente pressionado: “As pessoas que não gostam são poucas. É uma minoria e fraca”

A falta de entrosamento atrapalhou, mas o São Paulo conseguiu driblar as dificuldades e saiu de campo com a vitória por 2 a 1 sobre a Ponte, neste domingo, no Moisés Lucarelli, pelo Paulistão. E o feito foi bastante comemorado pelo técnico Muricy Ramalho, que escalou um time totalmente reserva no confronto. Na visão dele, o resultado dá confiança para o duelo com o San Lorenzo, quarta, pela Libertadores.

– Toda vitória é importante. No futebol é assim. Nos traz segurança e confiança. Aqui é difícil de jogar contra a Ponte e vencer. Com certeza o resultado nos empurra e nos motiva para a quarta-feira. Espero que a torcida faça diferença, pois precisamos vencer – afirmou o treinador.

Durante a coletiva, Muricy reforçou a solidariedade ao vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, que internamente enfrenta resistência para seguir no cargo. O comandante definiu, ainda, sua relação com o presidente Carlos Miguel Aidar como “profissional” e garantiu cumprir ordens em relação a movimentação de pessoas ligadas aos dirigentes durante os treinos do time no CT da Barra Funda. Apesar de considerar normal, garantiu não estar pressionado e, muito menos, aceitar sugestões na forma de escalar o São Paulo.

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Veja abaixo tudo que Muricy Ramalho falou.

Improvisação de Boschilia e desempenho do time
A gente estava com dificuldade. Perdemos o Reinaldo no treinamento e temos apenas o Carlinhos para a posição, mas não podíamos trazê-lo, pois faz um tempo que não joga. Daí, armamos com o Boschilia por ali, pois é único canhoto que tínhamos no elenco. Sofremos um pouco no primeiro tempo, mas ajeitamos depois. Mudamos no segundo tempo e conseguimos melhorar bem. Ainda improvisei o Lucão pelo lado esquerdo e seguramos a Ponte. É fruto de um time sem entrosamento, que treina junto, mas não joga.

Pressão da diretoria
– Claro que não é bom. Muitas pessoas não aceitam estar fora do nosso dia a dia. Mas não temos que valorizar essas pessoas, mas sim o time. Esse tipo de comentário não é legal. Pois se dá valor a quem não merece.

Aidar aumentar a carga para os corintianos no jogo pela Libertadores
– É uma coisa que não é normal. Espero que lá (no Corinthians) aconteça o mesmo. Os dirigentes têm que entender que, se for para o bem, é válido. Vimos os estádios de fora cheios e o nossos vazios. Alguma coisa tem que fazer para trazer o torcedor. Mas eles (torcedores) precisam entender que precisa se comportar bem. Melhorar o preço é um deles.

muricy ramalho PONTE PRETA X SÃO PAULO  (Foto: Marcos Ribolli)

 

Relação com Ataíde Gil Guerreiro
– Primeiro que é uma relação natural. É companheiro, o admiro. Isso é importante na vida. Pode ser o que for, para mim o que vale é o caráter e ele tem muito. É parecido comigo neste aspecto. Agora, acredito que não terá esse problema (demissão). O presidente está do lado dele. O futebol e o São Paulo perdem com isso, caso ele saia. É um cara do bem e isso é importante.

Pressão sobre o seu trabalho
– Isso não mexe nem um pouco comigo. O time está tranquilo, mas tem pessoas que gostam e não gostam. As que não gostam são poucas. É uma minoria e fraca. Não me pressiona em nada.

Luis Fabiano
– É o grande problema, sem treinar muito tempo. Hoje de manhã ele não treinou e me preocupa, pois tem que estar bem fisicamente. O Souza ainda também não treinou. Então, a gente, mesclou hoje. Senão, iriamos chegar sem gente para quarta. Estamos com dúvidas. A tática é definida, com dois meias e dois atacantes, principalmente no Morumbi. O Kardec fez o gol e é importante. Ele se sacrifica pelo time e prejudica a ele. Dentro da área ele é perigoso. Está brigando bastante e tem crédito com a gente.

Muita gente da diretoria nos treinos
– Nunca me importei, pois. sou empregado. Mas no meu time não adianta querer escalar e sei que ficam bravos por isso. Eu não sou dono de lá. Sou empregado. Quem está no CT trato bem. E se está lá é porque foi autorizado. Sou apenas treinador e isso diz respeito a diretoria.

Relação com o presidente Carlos Miguel Aidar
– É normal. A relação é a mesma entre técnico e presidente. É uma relação profissional. Tem que ser assim. Ele cuida do clube e eu tenho que cuidar do time. Nunca fui de jantar com presidente, pois isso dá brecha para se envolver demais e querer escalar o time.