Torcida do São Paulo reata com “time de guerreiros” em vitória suada

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Gazeta Esportiva – Helder Júnior e Tossiro Neto

O maior público que o Morumbi recebeu em 2015 – no total, 26.236 presentes – estava disposto a acabar com qualquer desarmonia com a equipe do São Paulo. Na noite desta quarta-feira, o São Paulo foi chamado de “time de guerreiros” durante boa parte da partida contra o San Lorenzo, da Argentina, e retribuiu com uma suada vitória por 1 a 0.

Antes mesmo de o jogo começar, a torcida manifestou o seu apoio ao São Paulo. Muitos organizados esperaram a chegada da equipe ao Morumbi do lado de fora, para recepcionar o ônibus com sinalizadores acesos, bandeirões ao vento e muita cantoria.

Dentro do estádio, os nomes dos titulares foram cantados um a um enquanto o Hino Nacional Brasileiro era executado, diferentemente do que ocorreu na vitória por 1 a 0 sobre o São Bento, na última quinta-feira. O coro ficou ainda mais alto para saudar o técnico Muricy Ramalho.

Já na primeira investida da partida, o público teve um bom motivo para continuar empolgado – o versátil Michel Bastos cabeceou a bola na trave. Quem não vibrou foi o atacante Alexandre Pato, que se machucou no lance e, sob aplausos, precisou ser substituído pelo argentino Ricky Centurión.

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Como o São Paulo não se manteve tão próximo do gol na sequência do primeiro tempo, parte da sua torcida também desanimou. Poucos até chegaram a extravasar a impaciência em determinados momentos – e todos preferiram criticar o árbitro colombiano Wilmar Roldán, que interrompeu um avanço do time da casa pela direita ao finalizar o primeiro tempo .

De qualquer forma, a maioria da torcida ainda estava ao lado do São Paulo àquela altura. A equipe foi ao vestiário e retornou para campo escutando o grito de “eu acredito em você”. E até não demorou a justificar tanto incentivo.

Aos 15 minutos, Luis Fabiano fez muitos são-paulinos berrarem “gol” ao cabecear a bola no pé da trave aos 15 minutos, depois de cobrança de escanteio. Quase em seguida, praticamente todo o estádio festejou ao ver o atacante passar a bola para Centurión chutar da pequena área para a rede. O argentino já havia começado até a dançar para celebrar quando percebeu que a arbitragem assinalara impedimento.

Dali em diante, o clima de apoio durou até pouco além dos 40 minutos. O primeiro sinal mais claro de insatisfação apareceu quando o meia Paulo Henrique Ganso deixou o campo bastante vaiado para ceder a sua vaga para o prata da casa Boschilia. Houve até um e outro clamores por “raça”. Dois minutos depois, saiu o gol.

Michel Bastos, o mesmo que havia tido a primeira chance da partida, cabeceou a bola na rede em cruzamento de Carlinhos e evitou qualquer possibilidade de o “time de guerreiros” voltar a ser alvo de protestos no Morumbi. A apreensão nas arquibancadas deu lugar à festa generalizada para o vice-líder do grupo 2 da Copa Libertadores da América.