LanceNet – Bruno Grossi e Diogo Sautchuk
Wesley foi anunciado domingo, treinou e foi apresentado na última terça-feira e já desenha seu futuro no São Paulo. Quer ser campeão e colocar o nome na história do clube de qualquer maneira. E fez questão de deixar isso bem claro ao repetir a frase praticamente em todas as respostas na entrevista coletiva.
Seja discurso programado ou real plano de carreira, o volante já tem na ponta da língua o que fazer para dar os primeiros passos no Tricolor com sucesso: ser versátil. Por isso, já se colocou à disposição de Muricy Ramalho para ser primeiro ou segundo volante, ponta ou até mesmo lateral-direito.
Mas antes do trabalho em campo – e dos 40 dias de treinos que terá antes de estrear – o jogador revelado nas categorias de base do Santos terá de lidar com o passado para crescer no São Paulo. Desde a última semana, quando ainda era atleta do Palmeiras e carregava a raiva dos torcedores alviverdes, até os 14 anos de idade, quando foi reprovado em teste feito no Tricolor.
– Eu tinha 14 anos, um procurador me trouxe, fez todos trâmites para fazer essa avaliação, mas infelizmente não deu certo – contou, brevemente, o meio-campista.
Wesley não quis se aprofundar na maioria dos assuntos durante sua apresentação. Até mesmo nas memórias do início no futebol o discurso foi superficial, liso. Ainda assim, acredita que a frustração na peneira são-paulina na adolescência pode fazê-lo mudar de vida.
– Isso me deu mais força para enfrentar os desafios que a vida me proporcionou e passar por cima. Não é questão de honra, é realizar o sonho de fazer pate da história do São Paulo. Foi um aprendizado para mim, já passou. Detalhes não lembro, posso falar besteira, então o importante é que já estou aqui e vou seguir em frente – afirmou.