Alejandro Sabella fez o São Paulo desistir depois de respostas evasivas
O São Paulo conversou com o argentino Alejandro Sabella apenas uma vez em 17 dias entre o início das tratativas e a desistência da negociação. Quem afirma é o presidente Carlos Miguel Aidar, que admite que se irritou com as evasivas do treinador e deu fim à negociação. Aidar, a partir de agora, estará mais à frente do processo de escolha no novo técnico do que estava anteriormente, com o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro em primeiro plano.
“Com todo respeito ao Ataíde, a decisão sobre técnico vai ser minha”, disse Aidar, ao UOL Esporte.
Segundo o presidente, o São Paulo nunca conseguiu falar com Sabella diretamente durante a negociação. Só conseguiu quando Ataíde Gil Guerreiro se encontrou com o treinador e seu empresário, Eugênio Lopez, em Buenos Aires, no último dia 9 – o vice de futebol passou pelo país vizinho para um compromisso profissional e aproveitou para conhecer o técnico que queria contratar.
Aidar admite que neste único encontro a postura de Sabella encheu o São Paulo de esperança. “Ele demonstrou interesse e mostrou que conhecia profundamente o São Paulo. Ele assiste a muitos jogos dos principais times do Brasil pela TV”, afirma o presidente. No entanto, Sabella sempre colocou como prioridade a possibilidade de treinar um time na Inglaterra.
Antes desse encontro e nos 13 dias que se seguiram, o contato do São Paulo foi apenas com o agente Eugênio Lopez. Não houve, segundo Aidar, outra conversa direta com Sabella. Diferentemente do que disse Ataíde Gil Guerreiro ao Blog do Boleiro, o presidente afirma que a desistência aconteceu antes do último contato com os argentinos e que o São Paulo não recebeu uma ligação de Sabella, mas sim uma mensagem de Eugênio Lopez: “No fim, depois, o empresário dele mandou uma mensagem dizendo que ele preferia a Europa”. Ataíde Gil Guerreiro foi procurado pela reportagem, sem sucesso.
Foi de Carlos Miguel Aidar a decisão de desistir da negociação com Sabella, posição tomada entre terça (21) e quarta-feira (22), e anunciada na quinta-feira (23), após a decisiva vitória contra o Corinthians. “Se agora ele voltar atrás e disser que repensou, também não vou querer”, diz Aidar. Parte da diretoria do São Paulo pretendia ainda aguardar o último prazo estipulado por Sabella, até sexta-feira (24).
Com as quatro vitórias em cinco jogos e o bom futebol apresentado, especialmente na vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, o técnico interino Milton Cruz deu conforto para que o São Paulo possa adiar a decisão sobre técnico até o meio do ano. O presidente Carlos Miguel Aidar, neste momento, só vê possibilidade de realizar a contratação no meio do ano, com nomes como o argentino Jorge Sampaoli, da seleção chilena, o português André Villas-Boas, do Zenit (RUS) e o velho conhecido Cuca, hoje no Shandong Luneng (CHN). Aidar só vê a troca acontecendo antes do meio do ano caso um técnico de peso do mercado interino fique desempregado, como Vanderlei Luxemburgo, Tite, Marcelo Oliveira e Levir Culpi. “Não quero fazer movimentos para desestabilizar o Milton”, diz.
Neste momento há críticas internas no São Paulo em relação à condução da negociação por parte do vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro. Integrantes da ala que fez lobby pela contratação de Vanderlei Luxemburgo nas últimas semanas consideram que o chefe do futebol gastou muito tempo com um alvo que jamais priorizou o clube do Morumbi. Há críticas também em relação à negociação de Ataíde com Abel Braga, alvo descartado por Aidar.
Eu nunca vi um – VICE diretor de futebol – mandar tanto no clube como o Ataíde Gil Guerreiro. Ele mesmo falou em entrevista que quem manda no futebol é ele, e passou por cima até mesmo do Muricy no momento de montar o elenco. Falou em público que não queria o perfil de jogadores que o Muricy estava pedindo e disse que ele ia ser advertido a não mais pedir esses jogadores em público. Então ele trouxe jogadores das posições que o Muricy queria, mas trouxe só o perfil que ele, Ataíde queria.
O pior é que o Ataíde não tem a visão que o Muricy tem para montar um elenco. O Muricy estava querendo suprir a falta de um líder em campo, de jogadores de garra, por causa da saída do Kaká, mas o Ataíde achou que não era esse o foco e vetou, trouxe jogadores de perfil totalmente inverso: jovens, de pouca liderança e pouca energia em campo. Apesar de serem bons, não têm o perfil que o time precisa nesse momento.
O resultado disso foi um time sem liderança, apático, que passou 4 meses dormindo e só acordou agora num único jogo.
Na minha opinião o nosso VICE diretor de futebol Ataíde Gil Guerreiro não entende o que é montar um ELENCO, um GRUPO de futebol. Não basta juntar um monte de jogador e esperar que eles se organizem. Para ter um time vencedor precisa ter vários fatores que o Ataíde parece não enxergar.
Eu nunca vi um – VICE diretor de futebol – mandar tanto no clube como o Ataíde Gil Guerreiro. Ele mesmo falou em entrevista que quem manda no futebol é ele, e passou por cima até mesmo do Muricy no momento de montar o elenco. Falou em público que não queria o perfil de jogadores que o Muricy estava pedindo e disse que ele ia ser advertido a não mais pedir esses jogadores em público. Então ele trouxe jogadores das posições que o Muricy queria, mas trouxe só o perfil que ele, Ataíde queria.
O pior é que o Ataíde não tem a visão que o Muricy tem para montar um elenco. O Muricy estava querendo suprir a falta de um líder em campo, de jogadores de garra, por causa da saída do Kaká, mas o Ataíde achou que não era esse o foco e vetou, trouxe jogadores de perfil totalmente inverso: jovens, de pouca liderança e pouca energia em campo. Apesar de serem bons, não têm o perfil que o time precisa nesse momento.
O resultado disso foi um time sem liderança, apático, que passou 4 meses dormindo e só acordou agora num único jogo.
Na minha opinião o nosso VICE diretor de futebol Ataíde Gil Guerreiro não entende o que é montar um ELENCO, um GRUPO de futebol. Não basta juntar um monte de jogador e esperar que eles se organizem. Para ter um time vencedor precisa ter vários fatores que o Ataíde parece não enxergar.