UOL – Guilherme Palenzuela
Presidente Carlos Miguel Aidar tenta resolver problemas financeiros no SP
A diretoria do São Paulo afirma que pagou aos jogadores os valores devidos de direitos de imagem referentes a metade do mês de março. Agora, segundo o departamento financeiro do clube, a ideia é quitar a dívida do mês de abril até o fim dessa semana.
“Pagamos o mês de março. Tem abril. A ideia seria até o final do mês. Se tudo correr bem como a gente está planejando, a gente paga até o fim do mês”, falou o vice-presidente de administração e finanças, Osvaldo Vieira de Abreu. O mês acaba no próximo domingo.
O São Paulo tem mais duas semanas para efetuar o pagamento de abril e pelo menos amortizar a dívida. No dia 10 de junho o clube precisa começar os pagamentos referentes ao mês de maio. “Esperamos que entre um dinheiro de uma receita que está programada”, diz o vice.
A diretoria do São Paulo informou há cerca de duas semanas que atrasou os pagamentos porque foi surpreendida com a intimação judicial para que pagasse o valor de R$ 2,5 milhões a representantes do ex-lateral Jorginho Paulista, referente a comissão em negócio assinado em 2002.
O clube por enquanto não deixou atrasar os vencimentos em salário, registrados em carteiras CLT, mas tem atrasado os pagamentos de direito de imagem – a prática de dividir pagamentos mensais aos atletas entre salário e direitos de imagem é comum no futebol brasileiro. Geralmente, um jogador ganha parte dos vencimentos na carteira e a outra por meio de empresa particular pela prestação de serviços.
Desde que Carlos Miguel Aidar assumiu o São Paulo, em abril de 2014, a diretoria atrasou pagamentos de direitos de imagem em setembro e viu o maior atraso acontecer no início de 2015. No meio de março, o São Paulo chegou a dever, segundo o estafe de alguns jogadores, dois meses e meio em direitos de imagem. Tais atrasos foram quitados no dia 10 de março. Desde então, não houve pagamento.
O São Paulo hoje tem uma folha salarial de R$ 8 milhões. O contrato com a Under Armour, de R$ 81 milhões de aporte financeiro até 2020, e as parcerias de um ano com Copa Airlines e Gatorade, que renderão ao clube, juntas, cerca de R$ 6 milhões, ajudam neste momento. Falta, porém, um patrocínio principal de camisa. O alto custo do futebol e a falta de receitas deixa o São Paulo hoje sem grande possibilidade de investimentos.