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Rogério Ceni foi reserva do goleiro que deu o primeiro título da Libertadores ao São Paulo. Herói na final ao defender o último pênalti, cobrado pelo zagueiro Gamboa, Zetti viu mais de 100 mil são-paulinos gritarem o seu nome. Após vitória por 1 a 0, gol de Raí, no dia 17 de junho de 1992, o Tricolor erguia pela primeira vez a taça do torneio mais importante do continente. Há 23 anos, com o primeiro nome da escalação como protagonista.
Zetti tinha sido campeão brasileiro e paulista no ano anterior, mas jamais o Tricolor tinha vencido a Libertadores. E os comandados de Telê Santana tiveram um revés logo no primeiro jogo da final. Precisavam de força para virar. E tiveram.
A trajetória naquela competição começou com dificuldades. O avanço às oitavas de final foi apenas em segundo lugar, atrás do Criciúma no grupo 2. Mas o crescimento foi evidente a partir das eliminatórias.
Primeiro, duas vitórias sobre o Nacional, do Uruguai. Em seguida vitória e empate diante do Criciúma. E um 3 a 0, que combinado por derrota por 2 a 0 fora de casa, levou à final eliminando o Barcelona de Guayaquil. Na decisão, o Newell’s Old Boys, da Argentina.
A pressão pela vitória não era apenas do São Paulo. Era do Brasil. Desde 1983, quando o Grêmio conquistou o título, que o país não vencia uma Libertadores. Era a competição que faltava ao time tricolor.
No primeiro duelo derradeiro, derrota por 1 a 0 em Rosario. E no jogo de volta, o Morumbi recebeu 105 mil torcedores, segundo números oficiais, mesmo que outros tantos tenham entrado sem registro de catracas.
Nervoso, o São Paulo pressionou mas não conseguiu marcar o gol. E em contra-ataque, a trave evitou o pior. Raí respondeu e também acertou a trave. Ao fim da etapa inicial, 0 a 0.
Mas nos 45 finais, Cafú foi derrubado dentro da área. Pênalti que virou gol nos pés de Raí. Ao fim do jogo, vitória que levou a decisão para as cobranças de pênalti. Foi quando Zetti surgiu.
O placar apontava 3 a 2 para o São Paulo. Berizzo tinha acertado a trave e Mendozza chutado por cima para os argentinos. Ronaldão errou para os brasileiros. O experiente zagueiro Gamboa apresentou-se para a cobrança e parou nas mãos do goleiro. Com a defesa, para delírio dos presentes, o São Paulo ergueu sua primeira Libertadores. Já com a tradição que sustenta o ditado: “um bom time começa por um grande goleiro”.
Que saudade d Zetti, esse sim passava segurança.
Zetti esse merece todo respeito, homem de palavra, leal, exemplar, carater e dignidade acima de tudo e o mais importante o Melhor goleiro de todos os tempos do Tricolor.