Fonte: UOL
O técnico do São Paulo, Juan Carlos Osório, chegou ao clube com mais experiência do que o torcedor tricolor poderia imaginar. Em entrevista divulgada neste domingo pelo programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, Osório relembrou seu período como estudante nos Estados Unidos, e até o que aprendeu com Alex Ferguson durante sua passagem pela Inglaterra.
Entre 1982 e 1988. Osório atuou como jogador de futebol, passando por Deportivo Pereira (Colômbia), Internacional e Once Caldas (Colômbia). Aos 27 anos, aposentou-se e decidiu investir na carreira de treinador – segundo ele, pelas dificuldades de conseguir conquistar terreno no futebol colombiano.
“Desisti por uma razão fundamental. Nos anos 80, na Colômbia, joguei nas seleções de base, com Valderrama e outros. Eram permitidos oito estrangeiros por clube na Colômbia. Decidi parar. Resolvi ir para os EUA para me preparar para ser treinador”, contou Osório, que encarou uma dura rotina extracampo nos EUA.
“Trabalhei um ano com construção civil, com uma britadeira. Tem menos pressão (risos). Primeiro trabalhei nisso, depois ganhei uma bolsa na faculdade. Jogava, estudava e trabalhava em restaurantes para ajudar a estudar mais”, completou.
Nos anos seguintes, ao longo da década de 90, Osório conquistou importantes certificações. Além do diploma na Southern Connecticut State University em Ciência do Exercício, o colombiano conta ainda com uma especialização em Ciência e Futebol da John Moores University, em Liverpool (Inglaterra) e licença de treinador na Inglaterra e na Holanda.
Em 2001, Osorio passou a trabalhar no Manchester City, onde exerceu o cargo de preparador físico por cinco anos. Neste período, recebeu um conselho de Alex Ferguson, então treinador do arquirrival Manchester United, que ajudou a definir sua trajetória como treinador.
“Um dia ele me perguntou: o que era mais importante? Eu disse que era o reconhecimento. ‘Então se cerque de quem quer glorias, porque todos vão ganhar dinheiro, aí vai fazer diferença quem quer jogar’. Se você não der oportunidades, aí é que eles vão fechar a cara e vão ficar tristes”, relembrou.