O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, revelou nesta segunda-feira, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, que esteve perto de iniciar negociação para contratar o zagueiro Diego Lugano, ídolo da torcida tricolor.

O dirigente, porém, não foi adiante porque o técnico Juan Carlos Osorio e o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro vetaram a chegada do uruguaio.

O mandatário tricolor disse que foi procurado pelo empresário do atleta, Juan Figer, oferecendo o jogador. Lugano acabou acertando com o Cerro Porteño, do Paraguai.

– No dia 9 de julho, o Juan Figer me ligou e saímos para tomar um café. O jogador viria para o São Paulo de graça e não iria querer salário. Queria apenas receber os resultados das ações de marketing. Então, fui falar com o Osorio. O técnico me disse que precisava de um zagueiro canhoto e que jogadores como o Lugano já tínhamos. O Ataíde (Gil Guerreiro, vice de futebol) também achou melhor não trazermos um jogador dessa idade (34 anos), até para prestigiar os jovens. Liguei para o Lugano e desejei sorte a ele – afirmou o dirigente.

Aidar também revelou na entrevista que pretende criar um fundo de investimento que teria a participação de são-paulinos ilustres e com condições financeiras de ajudar o clube. Em troca, os participantes receberiam porcentagens da venda de jogadores para o exterior. O montante arrecadado servirá para pagar a dívida do clube.

– O investimento mínimo é de R$ 1 milhão. A ideia é fazer uma captação inicial de R$ 100 milhões. Com esse dinheiro em mãos, vou ao banco e quito a dívida bancária, o que me permitiria ser beneficiado pela Medida Provisória do Profut. Com isso, ganharia 240 meses para pagar as dívidas fiscal e tributária com a Timemania, que é de aproximadamente R$ 50 milhões. Pretendo que isso comece em 60 dias. Do fundo, 80% do que for arrecadado vai para a dívida e 20% será destinado ao futebol – explicou Aidar.

Otimista, o presidente são-paulino acredita que a situação financeira do Tricolor estará bem melhor até dezembro.

– Até o fim do ano, toda a dívida deve estar refinanciada e equacionada. Acho que, em cinco anos, eu tiro a dívida da frente. É o tempo que me sobra de mandato (o atual termina em abril de 2017, mas ele será candidato à reeleição). Se aderirmos ao Profut, vou batalhar para trabalhar o São Paulo em clube empresa – disse.