Osorio cita Real e defende Ganso: “Saída de bola é com os volantes”

Ganso não vive bom momento no São Paulo, mas o técnico Juan Carlos Osorio acredita que o jogador vai reagir e mostrar o futebol que todos esperam. O treinador também aproveitou para dizer que a responsabilidade de conduzir o time não pode ser exclusiva do camisa 10. A tarefa precisa ser dividida principalmente com os volantes, peças consideradas de vital importância pelo treinador colombiano.

Osorio usou o time do Real Madrid para dar um exemplo do que pretende ver no São Paulo. Citou que o compatriota James Rodriguez, camisa 10 do time comandado por Rafa Benítez, joga encostado nos atacantes. É esse o posicionamento que ele quer não só de Ganso, mas também de Boschilia, que deve ser o substituto do meio-campista titular neste domingo, contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro.

– Antigamente, o encarregado do futebol ofensivo era o camisa 10. Hoje, não é mais. No Real Madrid, James Rodríguez joga com a 10, mas o controle do jogo não depende dele, e sim de Modric e Kroos. Quero que Paulo Henrique (Ganso), Gabriel (Boschilia) ou quem jogar atue mais próximo dos atacantes e deixe que a saída no meio seja feita pelos volantes – afirmou.

O colombiano teve uma boa conversa com Paulo Henrique Ganso nesta semana. Além de repreendê-lo pela expulsão na partida contra o Sport, realizada no último domingo, na Arena Pernambuco, o treinador mostrou que confia no potencial do jogador e que, com o crescimento coletivo da equipe, Ganso também vai evoluir.

 – À medida que melhorarmos como time, Ganso também vai crescer. Da maneira que jogamos, é preciso que ele sempre tenha três opções de passe. Não é uma peça que faz o time ir bem ou mal. São todas – disse.

Ganso cumprirá suspensão por ter recebido o cartão vermelho no último jogo. No meio de semana, ele foi motivo de polêmica entre o Tricolor e o Orlando City, que cobra na justiça uma multa de R$ 13,9 milhões pelo não cumprimento de cláusulas no contrato de empréstimo do meia Kaká, que jogou no Morumbi no segundo semestre de 2014.

O clube norte-americano ofereceu perdoar a dívida e ainda pagar R$ 6 milhões para ficar com o jogador, proposta que não foi aceita pelo São Paulo. Sem entendimento, os dois clubes agora vão resolver o assunto na Justiça.