UOL
Guilherme Palenzuela
Alexandre Schneider/Getty Images
Pato não quer mais jogar na área e tenta ser astro na ponta esquerda
A derrota contra o Atlético-PR, na quarta-feira, pelo Brasileirão, mostrou um São Paulo de nova formação. O técnico colombiano Juan Carlos Osorio armou o time com o meia Paulo Henrique Ganso como jogador mais ofensivo, atuando como falso 9, e Alexandre Pato como ponta esquerda. A alteração que parecia totalmente originada da cabeça do treinador agora se revela como um pedido do próprio ex-atacante do Corinthians.
Em números, Pato viveu um dos melhores momentos da carreira no período em que Milton Cruz comandou o time – entre a saída de Muricy Ramalho e a chegada de Osorio. Caiu de produção desde a eliminação na Copa Libertadores, para o Cruzeiro. Com a lesão que tirou Alan Kardec desta temporada e o desfalque esporádico de Luis Fabiano, Pato foi escalado em diversos momentos como referência do setor ofensivo. Ele mesmo, no entanto, pediu para que isso não acontecesse mais.
“Estavamos considerando outras posições para Pato. Ele me pediu para jogar em outas posições e não como centroavante”, revelou Juan Carlos Osorio.
Neste domingo o São Paulo enfrenta o Fluminense pelo Brasileirão, às 16h, no Morumbi, e mais uma vez deve ter Pato fora da área. O jogo é ainda a chance para que o time se recupere das duas derrotas seguidas que fizeram a equipe trocar a liderança do Brasileirão pelo meio da tabela. A partida conta também com o retorno de Rodrigo Caio, depois de ver a transferência para o Valencia (ESP) fracassar e de recusar o empréstimo para o Atlético de Madri (ESP), e do zagueiro Breno, que pela primeira vez é relacionado desde janeiro, quando voltou a vestir a camisa do clube.
Para Osorio, Alexandre Pato tem condição de ser o principal jogador do São Paulo. Segundo o treinador colombiano, porém, o atacante ainda tem de trabalhar para que possa se adaptar à nova função – semelhante à que ele atuava no Milan (ITA), antes de se transferir para o Corinthians.
“Ele é um jogador muito talentoso. Bem posicionado e com boas opções de passe na frente dele, é o melhor. Mas temos que completar com o trabalho e pouco a pouco ele vai trabalhar no compromisso com o elenco e nessa medida será o mais importante”
Jogar com atacante ao lado do pipoqueiro é osso. Não vejo perspectivas para o S. Paulo enquanto tivermos o pipoqueiro no campo.