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Tossiro Neto
Juan Carlos Osorio é metódico e vem agradando aos jogadores do São Paulo justamente por deixar claro tudo o que pensa. Uma das exceções no que diz respeito à eficiência, porém, tem sido a jogada de bola parada defensiva. O treinador colombiano modificou a marcação e viu a equipe sofrer dois gols desse tipo nas duas últimas partidas.
Diferentemente de Muricy Ramalho, que determinava nos treinamentoos o posicionamento específico dos jogadores em cada ponto dentro da área, o colombiano prefere marcação individual. Assim, ao entrar em campo, cada um tem um alvo a ser acompanhado em escanteios e faltas laterais.
“É treinado principalmente um dia antes do jogo. Na preleção, também é falado. Ele tem a relação de todos os jogadores do outro time, quais são os mais altos, quantos vão para a área. Na preleção, já tem um posicionamento do nosso time perante aos jogadores adversários. Isso é muito bem esclarecido. Não tem segredo quando se entra em campo”, disse o volante Hudson.
Até o momento, no entanto, a estratégia não tem dado certo. Contra o Palmeiras, a defesa levou gol de cabeça do zagueiro Victor Ramos, em falha de marcação do volante Souza. Na derrota de quarta-feira para o Atlético-PR, foi a vez de Lucão deixar o zagueiro Gustavo se desgarrar e cabecear a bola para a rede. No final do jogo, o jovem defensor assumiu a falha.”Erro meu”, disse o são-paulino, que havia sido criticado indiretamente por Paulo Henrique Ganso, no intervalo. “Erro de marcação, e a gente sabe de quem foi”, havia dito o meia.
Ausente em Curitiba por conta de suspensão, Hudson minimizou a crítica do companheiro. “Acredito que ele não quis apontar uma pessoa em si, mas falar que tinha sido um erro já avisado, como aconteceu contra o Palmeiras”, opinou, antes de lembrar que, como estudioso que é, o novo comandante se preocupa muito com esse tipo de jogada.
“Bola parada, hoje em dia, define 40% dos jogos de futebol. Quem passou isso para a gente foi o próprio Osorio. É um lance em que tem que ter o máximo de atenção possível”, alertou o volante, que voltará ao time no domingo, em duelo com o Fluminense, no Morumbi.
O problema são os jogadores que são burros